A decisão sobre quem será o candidato ao Senado Federal pelo agrupamento governista tem se traduzindo em uma novela dramática. Antes com vários nomes na corrida para a indicação do grupo, entre antigos caciques da política sergipana e novos líderes, as reuniões marcadas na tentativa de chegar a um ultimato foram afunilando a quantidade de postulantes ao cargo majoritário, mas novos capítulos ainda geram tensão dentro da base situacionista.
Na semana passada, a reunião entre as principais opções posicionadas não conseguiu chegar a um denominador comum, embora tenha sido estabelecido pelo grupo que seriam dois a disputar o Senado: Jackson Barreto (MDB) e Laércio Oliveira (PP). A indefinição foi causada pela insatisfação de Jackson, que no encontro disse que precisaria pensar sobre a possibilidade.
Postergada para ontem, 21, a nova conversa teve que ser cancelada, por conta da impossibilidade das presenças de Belivaldo Chagas (PSD), Fábio Mitidieri (PSD), Edvaldo Nogueira (PDT), Luciano Bispo (PSD) e André Moura (União Brasil), que são líderes importantes da base governista.
As informações que chegaram a nossa redação são de que JB não teria aceitado a condição apresentada pelo seu grupo por se sentir injustiçado, já que sempre demonstrou unidade e foi o governador que antecedeu Belivaldo. Com isso, Jackson estaria inclinado a romper com Mitidieri. O atrito entre Jackson e Fábio já decorre de algum tempo, por conta de uma resistência deste para com o ex-governador. A saída de Barreto do projeto de Fábio seria uma baixa determinante e certamente causaria implicações para os objetivos do candidato governista para este ano.
No entanto, segundo outra fonte da revista, Jackson avalia a possibilidade de se apequenar e aceitar a imposição do grupo que ele mesmo ajudou a formar e fortalecer com o viés ideológico que se perdeu nos últimos anos.