A imprensa sergipana repercutiu a informação exclusiva da Realce sobre uma sigilosa reunião que aconteceu na última segunda-feira, 1º de agosto, entre Edvaldo Nogueira (PDT), Fábio Mitidieri (PSD) e Belivaldo Chagas (PSD), onde o prefeito de Aracaju comunicou que sua esposa, a empresária Danusa Silva não seria a vice de Mitidieri. E hoje, 3, em nova reunião que não foi coberta de sigilo, ficou definido o nome de Zezinho Sobral (PDT) para compor a chapa majoritária governista. Um claro recado de Nogueira que não se empenhará na campanha de Fábio.
Pesquisas qualitativas indicam que o eleitor deseja ver nas disputas para governador nomes novos e com bom histórico de gestor, além de em 2022 crescer a necessidade de se ter mulheres compondo as chapas. Com base em tais informações, o candidato situacionista a sucessão de Belivaldo chegou a dar declarações públicas sobre a necessidade de ter uma mulher como vice, que poderia ser a esposa de Edvaldo ou Luciana Déda (PDT), nomes que se encaixam exatamente no que indicam os estudos. Por este conjunto de situações, a classe política de Sergipe foi pega de surpresa com a escolha de Zezinho.
Dentro do alto escalão da política, fortaleceram as dúvidas quanto ao envolvimento do prefeito da capital no projeto para governo da situação.
Segundo uma fonte ligada a Nogueira, é clara a mensagem do prefeito ao não indicar a esposa ou seu homem de confiança, Luiz Roberto (PDT), que fortalece cada vez mais sua pré-candidatura para deputado federal. Além desses dois nomes, o que se encaixaria no quebra-cabeça confuso que é a estratégia de Mitidieri, seria o de Luciana Déda- mulher, representa o novo, gestora e carrega a raiz do tio Marcelo Déda Chagas (in menoriam).
No momento, dentre os três nomes mais fortes na corrida pelo Governo de Sergipe apenas Valmir de Francisquinho (PL), que lidera todas as pesquisas de intenção de voto divulgadas no estado, é o único postulante que traz uma mulher como vice, a vereadora de Aracaju Emília Corrêa (Patriota).
Zezinho Sobral era deputado estadual pelo Podemos e migrou recentemente para o PDT. Ele foi deputado estadual pela primeira vez em 2019 e já comandou vários órgãos públicos no estado.