O Partido Progressista tem uma dura realidade eleitoral em 2022 por conta da conjuntura política atual que os quadros da sigla apresentam. A agremiação tinha a expectativa de conseguir pelo menos uma cadeira na Câmara dos Deputados, mas as movimentações políticas traçam uma condição preocupante em relação às eleições de 2022.
O PP projeta 5 nomes fortes para a Câmara Federal: Gabriela Passos, Capitão Samuel, Washington Coração Valente, Pastor Antônio e Thiago de Joaldo. Todos possuem boas bases eleitorais, mas diante de um pleito que será um dos mais disputados das últimas décadas para o parlamento federal, o grupo tem se deparado com dificuldades para emplacar uma candidatura com plenas condições de êxito em 2022.
Dentre os postulantes, Gabriela Passos é a opção feminina mais bem projetada. Irmã do deputado Georgeo Passos (Cidadania), a pré-candidata tem buscado absorver a influência do mandato em torno da família; o ex-jogador de futebol Washington Coração Valente surgiu em julho de 2021 como pré-candidato ao senado, mas não emplacou e surge discretamente nas pesquisas para deputado federal; já o Capitão Samuel, além do mandato estadual, possui bom potencial de votos na capital, o que poderia ser determinante, não fosse a grande quantidade de postulantes que trabalham dentro do mesmo colégio eleitoral e com força diante do eleitorado que ele conquistou em outras eleições; caso semelhante ocorre com o Pastor Antônio, que possui força eleitoral em Aracaju, com foco no público evangélico, mas esbarra num pleito minado de candidatos que conquistaram sua persona.
Além desses, talvez a situação mais dramática seja a de Thiago de Joaldo. A pré-campanha de Thiago tinha a parceria de Valdevan 90 quando este disputaria o Senado Federal. Com a saída de Noventa da disputa, que nos bastidores manteve uma silenciosa articulação se preparando para ser candidato a deputado federal, Thiago perdeu a maior parte de suas bases nas região Sul, seu reduto eleitoral.
Nesse cenário, e com Laércio de mãos atadas para não gerar conflitos com candidatos de outras agremiações, o PP passa por um momento agonizante e poderá sair das eleições sem eleger um único deputado federal.