O ex-deputado federal André Moura (União Brasil) pode ter complicações para dar seguimento com a candidatura à Câmara Federal em 2022. Moura já vinha lidando com um processo judicial em relação à improbidade administrativa e teve uma decisão desfavorável. Logo depois, já esta semana, o Ministério Público entrou com um pedido de impugnação de sua candidatura para este pleito. Com isso, André, que já preparava a sua filha para substituí-lo, segundo lideranças ligadas ao ex-líder de Michel Temer, deverá lançar Yandra Barreto (União Brasil) como possibilidade de continuidade ao seu projeto político, no entanto, Moura postergará o anúncio até o prazo final de homologação, 3 de setembro.
O ex-parlamentar aparecia bem nas pesquisas de intenção de voto, sendo um dos possíveis eleitos em 2022 para a Câmara de Deputados pelo UB. Agora, a expectativa é ver quanto Moura conseguirá transferir do seu potencial de votos, mobilizando suas bases em função da provável substituta. A situação é considerada desafiadora por conta do período de campanha já ter iniciado, o que pode gerar dificuldade para a postulante chegar ao conhecimento do eleitorado em tempo hábil.
A saída de André Moura do processo eleitoal pode balançar o cenário político da disputa à Câmara Federal, sobretudo dentro do União Brasil. As análises são de que sem André, o nome de Rodrigo Valadares, companheiro de partido e candidato à federal, ganha mais força e concretiza sua eleição, já que seu principal concorrente vive processo de definhamento político.