Apesar de ainda ser longe do ideal, as eleições 2022 registraram recorde no número de candidaturas femininas, e alguns nomes ganham protagonismo em meio a grandes figurões da política, em Sergipe. É o caso da candidata ao Senado Danielle Garcia (Podemos), da postulante para a Alese Carminha Paiva (Republicanos), e da candidata a vice-governadora Emília Côrrea (Patriota).
As candidaturas levantam bandeiras em suas campanhas em defesa de uma maior participação de mulheres no pleito. Isso porque, mesmo com uma alta de candidatas femininas neste ano, o número segue desigual, em comparação com os homens, que representam a menor parcela da população e do eleitorado.
Na última eleição geral, por exemplo, as mulheres ocuparam apenas 15% das cadeiras na Câmara dos Deputados; no Senado, foram 13%. Nas assembleias estaduais, a mesma situação: apenas 161 mulheres foram eleitas, o que também representa uma média de 15% do total de postos.
Agora, Carminha, Emília e Danielle, que fazem partes de grupos diferentes, estão prestes a obter êxito para dar o pontapé inicial para que este cenário mude. Com bases fortes, parcerias de peso e grande popularidade no estado, elas são favoritas em seus respectivos cargos disputados, como mostram as últimas pesquisas de intenção de voto, em que as postulantes chegam, inclusive, a liderar os rankings.
Danielle concorreu a eleição de 2020 para a prefeitura de Aracaju, mas não foi eleita, obtendo 109 mil votos. Já Carminha foi secretária de Assistência Social em Nossa Senhora do Socorro e disputa seu primeiro pleito neste ano. Já Emília é vereadora por Aracaju, obteve mais de 50 mil votos para deputada federal em 2018.
Outro nome que também entraria na lista é o da delegada Katarina Feitosa (PSD), vice-prefeita de Aracaju. No entanto, no decorrer de sua pré-campanha para a Câmara Federal a candidata foi enfraquecida na disputa, principalmente pelo fenômeno do delegado André David (Republicanos), líder nas pesquisas, e do lançamento de Luiz Roberto (PDT), candidato de Edvaldo Nogueira.