Líder absoluto nas pesquisas de intenção de voto para o governo de Sergipe publicadas até então, Valmir de Francisquinho (PL) tem enfrentado uma batalha judicial nunca antes vista na história da política sergipana, suspeita pela banalidade do motivo: uma cor azul em muros. Depois de sua ascensão política, sendo eleito o melhor prefeito do Brasil e chegando para uma candidatura com a simpatia e preferência dos eleitores, seus adversários, sobretudo o grupo governista, mobiliza praticamente todo o arsenal para barrar a escolha dos sergipanos.
No início, tentaram minar o crescimento de Valmir apostando na desinformação sobre uma antiga questão relacionada ao matadouro de Itabaiana, quando ele era prefeito, do qual foi absolvido; não tendo efeito sobre a opinião dos eleitores, os rivais mudaram a estratégia. Em seguida, mais uma movimentação suspeita contra o Itabaianense: um processo de abuso de poder político e econômico em que ele teria favorecido a campanha do filho Talysson Costa a deputado estadual em 2018, ao ter utilizado a cor azul, que estaria sendo vinculada às estruturas públicas em Itabaiana.
Por volta de junho, foi comprovada a participação do PSD, partido do candidato do governo, Fábio Mitidieri, para auxiliar na acusação do ex-prefeito. Para isso, houve uma articulação de alta complexidade, com bancadas advocatícias contratadas, além de advogados renomados para atuar contra Valmir. A atitude gerou ainda mais revolta na população, que reverteu uma rejeição implacável sobre Mitidieri, que atualmente, apesar do apoio da máquina do governo, tem sido a terceira opção do eleitorado.
Valmir continua a jornada marchando na Justiça pelo direito de ser eleito, resistindo em um gesto de coragem. No entanto, os seus algozes não recuaram, e ao se darem conta do levante popular ao seu favor, há menos de quatro dias para a votação, optaram pelo único meio de impedir que o ex-vendedor de picolé se torne governador. Em ação extrema, Fábio Mitidieri teria feito uma viagem à Brasília para acompanhar de perto a situação dos recursos que o líder nas intenções de voto para o governo interpôs, a fim de garantir a validade de sua eleição, que poderá ocorrer já no próximo domingo.