Não é de hoje que estudos apontam os malefícios que acompanham o uso do cigarro eletrônico, popularmente conhecido como vape. Desta vez, uma pesquisa publicada no periódico World Journal of Oncology mostra que seu consumo pode trazer câncer mais cedo.
Segundo a análise, o diagnóstico da doença acontece em média aos 45 anos para os usuários, contra 63 nos fumantes tradicionais. Para chegar a esse resultado, a equipe considerou o histórico médico de 154.856 pacientes, dos quais 5% eram usuários de cigarros eletrônicos, 31,4% eram fumantes tradicionais e 63,6% eram não fumantes. Em seguida, os cientistas fizeram uma comparação entre os dados sobre o histórico de câncer e uso do dispositivo.
Os cigarros eletrônicos foram anunciados como uma alternativa segura e ganharam popularidade, especialmente entre os mais jovens. Porém, muito se engana quem acredita que o vape não apresente riscos para a saúde.
O uso do dispositivo já foi relacionado à danificação dos vasos sanguíneos, maiores chances de contrair covid-19 e até de aderir ao tabagismo. Um estudo do ano passado também descobriu relação entre o vape e uma maior prevalência de fraturas de quadril, coluna ou punho.
Os adeptos do novo modelo também apresentaram tumores diferentes dos que costumam ser associados ao tabaco: os mais comuns foram câncer cervical, leucemia, câncer de pele e de tireoide.