A entrevista de Valmir de Francisquinho (PL) concedida a Narcizo Machado, na manhã de hoje (17), na FAN FM, criou novos capítulos em sua situação jurídica, responsável pelo resultado final das últimas eleições. Durante todo pleito, o ex-prefeito declarou que foi retirado da corrida eleitoral pelo grupo do atual governador, Fábio Mitidieri (PSD). Agora, meses após, afirma que Rogério Carvalho (PT) resgatou sua elegibilidade, informação que põe em xeque a credibilidade do sistema judiciário.
Em sua declaração, Valmir relembrou toda situação que o retirou da corrida eleitoral, enfatizando que, no segundo turno, enquanto aguardava novas decisões judiciais, não se viu outra alternativa a não ser apoiar Rogério contra o governista, para garantir o retorno de seus direitos políticos, considerando a força e habilidades de articulação do senador, que conforme as afirmações de Francisquinho, rapidamente fez cair por terra todas artimanhas dos situacionistas contra a candidatura do ex-prefeito.
Valmir ainda citou que, se não tivesse seguido esse caminho, continuaria sem direitos políticos até as eleições de 2028, fator que influenciou diretamente sua decisão de seguir em parceria com Rogério no segundo turno.
Sobre a aliança com o petista, Valmir afirmou que não há entendimento, por enquanto, de que ela permaneça, frisando continuidade apenas com seu agrupamento da região Agreste e, mais precisamente, de Itabaiana. No entanto, a declaração dá a entender que existe possibilidade de ambos voltarem a se unir como oposição futuramente.
Apesar disso, desde já, Rogério continua sendo o maior nome da oposição do estado, inclusive, permanecendo com diálogo com integrantes do grupo de Valmir, como o prefeito Adailton Souza (PL), e demais lideranças do Agreste Sergipano.
Enquanto que Valmir busca voltar a fortalecer sua posição de grande nome da oposição. Para isso, ele, além de aos poucos tentar emplacar uma pré-candidatura a prefeito de Socorro, tem deixado claro em suas últimas entrevistas que tenta uma reaproximação com Emília Corrêa (Patriotas), que foi beneficiada com a rejeição do eleitorado da direita ao ex-prefeito, devido a decisão de permanecer neutra no segundo turno das eleições, quando Francisquinho optou por apoiar a esquerda.