Começa a ganhar forma a tão famigerada Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que irá apurar os atos golpistas de 8 de janeiro. O Partido dos Trabalhadores, por exemplo, que vinha resistindo para a instalação, já indicou seus representantes do Senado Federal, incluindo o senador por Sergipe e primeiro-secretário Rogério Carvalho (PT).
O sergipano, que havia ganhado mais destaque nacional após ter participado da CPI da covid-19 com uma forte atuação, agora ganha outro espaço importante no Congresso ao lado do senador e companheiro de partido, Fabiano Contarato, que também fará parte da Comissão.
Carvalho já vinha sendo cogitado nos bastidores para ser membro titular da CPMI. Além dele, entre os sergipanos, o deputado federal Rodrigo Valadares também foi especulado como possível nome para representar o União Brasil na investigação por ter ganhado destaque nacional em defesa da pauta. Porém, à Realce, o jovem bolsonarista informou que não conseguiu entrar, já que foram direcionadas apenas duas vagas para a sigla.
Apesar disso, ele continua como parlamentar de um dos extremos que polarizam o Congresso acerca da pauta: a oposição, principalmente, composta por bolsonaristas, que contam com Alexandre Ramagem e Carlos Portinho como um dos prováveis nomes para representar o partido de Bolsonaro na comissão.
Do outro lado estão os apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como Rogério, Fabiano e Omar Aziz (PSD), que anteriormente eram contrários ao requerimento, mas que agora buscam procurar responsáveis pela omissão que levou aos atos vândalos do 8 de janeiro e culpabilizar deputados apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).