O governo do Estado anunciou que serão investidos cerca de R$ 700 milhões para a construção de uma nova ponte ligando Aracaju à Barra dos Coqueiros, além de fazer um empréstimo, autorizado pela Alese nesta quinta-feira, 18, no valor de R$ 288 milhões para viabilizar mais uma obra do tipo no bairro Coroa do Meio à Avenida Tancredo Neves, em Aracaju. Em contrapartida, enquanto destina rios de dinheiro para infraestrutura, outras importantes obras, a exemplo da construção do Hospital do Câncer, idealizada desde 2014, seguem sem resultados concretos.
Além disso, o mandatário segue sem novos posicionamentos sobre o pagamento do piso salarial da enfermagem, com o qual se comprometeu no período eleitoral. Porém, passadas as eleições, o pessedista, até o momento, não deu o aval sobre o reajuste para a categoria em Sergipe.
O texto recém-aprovado pelo Congresso prevê que enfermeiros e enfermeiras vão receber, no mínimo, R$ 4,7 mil, técnicos de Enfermagem, R$ 3,3 mil, e auxiliares e parteiras, R$ 2,3 mil. O piso vale para trabalhadores dos setores público e privado. Para bancar os valores, o governo federal precisou aprovar o PLN 5/2023, que garante R$ 7,3 bilhões do orçamento.
Já em Sergipe não houve iniciativas desse tipo para garantir melhorias à categoria. O líder do governo na Alese, Cristiano Cavalcante, por exemplo, que recentemente foi flagrado jogando dinheiro para populares em Ilha das Flores, defende um estudo para avaliar a viabilidade orçamentária e financeira para a implementação do piso em Sergipe. Já Fábio ainda não se pronunciou a respeito.
Vale lembrar que, em suas promessas de campanha, dentre os compromissos na área da saude, Fábio garantiu que iria: fomentar a regionalização e fortalecer os hospitais regionais; construir o Hospital Regional da Grande Aracaju, para desafogar o Hospital de Urgências de Sergipe (HUSE); o pagamento do piso aos enfermeiros; e garantir o pleno funcionamento do Hospital do Câncer. No entanto, tais demandas seguem sem ações devidas do governador, quando as mesmas deveriam ser prioridades.
A Realce segue acompanhando as ações do governo, no que tange o cumprimento das promessas de campanha para divulgar com transparência e de forma compreensível para o público. A próxima análise será sobre a educação, para a qual a revista prepara uma matéria especial.