Uma tragédia envolvendo a morte de uma criança por falta de vagas em unidades de terapia intensiva (UTIs) tomou conta dos noticiários em Sergipe nesta semana. A situação lamentável, no entanto, é recorrente e muito mais grave do que imaginam. A informação é de que nos últimos 30 dias, ao todo, quatro bebês perderam suas vidas devido a mesma situação na rede estadual de saúde.
Todas as vítimas eram bebês do sexo feminino, com idades entre 1 e 4 meses, e estavam internadas no Hospital Fernando Franco, no bairro Farolândia, Zona Sul de Aracaju. As equipes médicas da unidade tentaram transferi-las para UTIs pediátricas, a fim de oferecer o tratamento adequado e aumentar suas chances de sobrevivência, diante da gravidade dos casos.
No entanto, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) não teria disponibilizado vagas em leitos de UTI pediátricos, resultando na morte das quatro bebês.
Em nota, a pasta informou que “ampliou em 47 o número de leitos pediátricos”. Contudo, não especificou os dados sobre a taxa de ocupação de leito pediátrico na rede estadual de saúde, expondo uma falta de planejamento da gestão, que ocasiona em escassez de ação imediata e efetiva por parte do sistema, que já é insuficiente e sobrecarregado, além do descaso e a negligência no atendimento aos pacientes mais vulneráveis.