A BRK Ambiental está entre as 20 empresas de água e saneamento com mais reclamações no Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC) nos últimos 30 dias por causa dos serviços prestados em Maceió e na região metropolitana de Alagoas. No estado, a empresa privada tem mais de 12 mil queixas em aberto, provenientes de consumidores insatisfeitos com as altas tarifas e a falta d’água.
Vale lembrar, neste caso, que a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) não foi privatizada, mas houve uma outorga da concessão do serviço por um período de 35 anos para a BRK, situação bem semelhante ao que vai acontecer em Sergipe, onde a Deso será entregue para a iniciativa privada pelo mesmo prazo através de uma PPP.
Dos treze municípios alagoanos em que a BRK atua, apenas Atalaia, Marechal Deodoro e Barra de Santo Antônio têm concessão plena da empresa. Nos demais, como Barra de São Miguel, Coqueiro Seco, Maceió, Messias, Murici, Paripueira, Pilar, Rio Largo, Satuba e Santa Luzia do Norte, ela é responsável pela distribuição.
De acordo com o próprio diretor-presidente da empresa, Hebert Dantas, a maioria das críticas está concentrada na capital, onde a BRK tem a missão de ampliar o
percentual de acesso ao saneamento básico, que atualmente é coberto apenas para 35% da população.
Além disso, Dantas também informou que as receitas da empresa não estão sendo suficientes para arcar com os custos operacionais, o que tem gerado dificuldades financeiras para a BRK. A situação é tão grave que a empresa deverá trabalhar durante 15 anos, no mínimo, em Alagoas, com as contas no vermelho.
Condição alarmante e que deve servir de exemplo para os demais locais, assim como Sergipe, que planejam privatizar o serviço. O estado sergipano, assim como Alagoas, pretende entregar a distribuição de água e demais serviços para o setor privado, o que poderá acarretar numa maior deterioração dos serviços.