Uma série de áudios de um proprietário de banda divulgada nas redes sociais no último fim de semana expôs um possível esquema criminoso de devolução de dinheiro, no pagamento de grupos musicais na Festa do Catete, em Rosário do Catete. Nas gravações, enviadas à secretária de Cultura, Maura Pérola Negra, o homem alega ter que devolver valores que, segundo ele, seriam utilizados na campanha eleitoral do prefeito César Resende, em 2024.
“Maura, boa noite. Veja só, Maura eu não sou moleque, eu não sou palhaço, eu sei que César vai me deixar fora da programação da festa do Catete, e não era pra ele fazer isso porque o acordo não foi esse. Eu sentei com Macedo, ele declarou tudo pra mim, passou que os valores que iria devolver seria para campanha de César, que já tinha tirado os valores da campanha passada e agora ia tirar os valores para campanha de 2024”, diz o empresário em um trecho.
No áudio ele ainda informa que a banda acertou o valor de R$ 35 mil, mas que teria que devolver R$ 17 mil, conforme o acordo. “Assinei uma promissória com Macedo, desses R$ 17 mil. Eu tenho tudo aqui, eu não sou moleque”, afirmou. “Macedo me passou da seguinte forma, Júnior, você vai pegar R$ 35 mil e vai devolver a metade, que essa metade é para campanha de César, esse dinheiro não é meu, é de César, então você tem que me passar. E foi cumprido, se foi mandado para sua conta, se foi mandado para a conta de Macedo, eu não quero saber, eu não tenho nada a ver com isso, eu cumpri com a responsabilidade, eu cumpri com o acerto”, continuou.
O empresário também fala sobre a falta de compromisso dos nomes citados, mesmo ele tendo cumprido acordos prévios, o que deu a entender que sua banda teria sido deixada de fora da programação: “Macedo junto com César precisa resolver minha situação, porque eu não vou admitir ver bandas lá que não tem nada a ver com a situação, que não tem nada a ver com o São João, bandas ressuscitadas, bandas mortas no palco e a minha ficar de fora. Não vou admitir isso, porque o acerto não foi esse”.
Nas gravações, o empresário alega ter várias provas do suposto esquema e diz que poderia usá-las para expor o caso. A Prefeitura de Rosário do Catete, no entanto, informou que não há irregularidades na contratação das atrações musicais do festejo.
Ouça o áudio abaixo :