Há exatos 203 anos, no dia 8 de julho de 1820, o rei do Brasil e de Portugal, D. João VI, assinou a Carta Régia que autorizava Sergipe d’El Rey a emancipar-se politicamente da Bahia, como forma de recompensa, segundo historiadores, pela participação de sergipanos na vitória da Corte Portuguesa na Revolução Pernambucana (1817).
Outros historiadores, no entanto, enfatizam que o desenvolvimento da agroindústria açucareira, a partir de meados do século XVIII, foi a causa econômica para o ato político representado pela carta régia de 1820.
Com o decreto, o território sergipano poderia se expandir como província do Império do Brasil e se consolidar na condição de um importante estado membro da República Federativa do Brasil. Porém, isso não ocorreu exatamente a partir do dia 8 de julho daquele ano.
Apenas em 5 de dezembro de 1822, o imperador D. Pedro I confirmou a carta assinada por seu pai cerca de dois anos antes, ratificando a emancipação política de Sergipe, como província independente da Bahia.
A partir daí, de fato, houve uma ruptura política, quando Sergipe pôde ter um governador próprio, idealizando estratégias sócio-políticas e econômicas conforme as características singulares locais.