O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macedo (PT), se envolveu em mais uma polêmica a nível nacional. Desta vez, o petista estampa manchetes de grandes jornais após ter supostamente utilizado um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para uma viagem de cunho pessoal de Belém (PA) a Santarém (PA), em comemoração ao aniversário de sua esposa.
A justificativa dada pelo ministro foi de que estava voando “a serviço”, embora a rota e as circunstâncias tenham levantado dúvidas sobre tal afirmação. Diante da situação, o PT começa a ser pressionado, considerando que o partido foi bastante incisivo quanto ao uso de aviões da FAB na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
As informações foram divulgadas pelo jornal Estadão nesta sexta-feira, 11. O veículo detalha que o voo, que contava com um total de 21 passageiros, partiu na noite do último dia 4, de Brasília, com destino a Belém, onde Márcio participou do primeiro dia do fórum Diálogos Amazônicos. No entanto, ao invés de retornar diretamente à capital federal, o avião seguiu para Santarém, onde o ministro desembarcou para celebrar o aniversário de sua esposa, a procuradora-chefe do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Karina Marx Macedo.
A viagem em um voo comercial entre Belém e Santarém poderia custar até R$ 3,5 mil, enquanto o trecho em aeronave particular pode alcançar até R$ 70 mil. O fato de que a rota foi alterada para atender ao ministro, deixando outros passageiros seguindo viagem para Brasília, gerou questionamentos sobre a justificativa apresentada.
Dentre os passageiros que tiveram sua rota alterada para acomodar Macedo estavam figuras como o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, uma equipe do ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e assessores de Márcio.