As incisivas e recentes declarações do atual prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT), ao deixar claro que tem o direito de indicar o aspirante à sua posição em 2024, evidenciaram que, apesar das negativas, existe um racha interno entre os governistas quando se trata da escolha para o processo sucessório na capital sergipana.
A revista já havia destacado esse conflito dentro do grupo, especialmente entre Edvaldo e Fábio Mitidieri (PSD). Há um ressentimento considerável por parte do membro do PDT pelo fato do pessedista ter sido selecionado como governador, e também existe uma mágoa significativa por parte do chefe executivo estadual, proveniente das declarações do prefeito que prejudicaram sua campanha no primeiro turno das eleições do ano passado.
Edvaldo está se sentindo desprestigiado, apesar de ser o prefeito da cidade, visto que Mitidieri pode estar orquestrando uma situação em que ele ficaria sem voz. O objetivo parece ser claramente o de marginalizá-lo na política, já que seu grupo político é consideravelmente menor que o do governador.
Há informações de que, considerando esse cenário, Edvaldo está em conversas com Laércio Oliveira para formar uma chapa conjunta, com a nomeação do prefeito em aliança com o PP. O acordo visa as eleições de 2026, com o senador concorrendo ao cargo de governador e Nogueira, na mesma chapa, buscando uma vaga no Senado.
E Laércio, que tem planos ambiciosos para o futuro e não deseja gerar atritos com o governador no momento, estaria trabalhando discretamente em direção a esse objetivo.
Enquanto isso, Márcio Macedo (PT) também entra na cena, tentando aproveitar sua posição no governo federal para forjar uma aliança com os governistas. No entanto, sua primeira opção é Mitidieri, com quem está tentando garantir uma reaproximação com o PT a qualquer custo, mesmo que sacrificando os ideais do partido e a oposição da sigla no estado. E sua segunda escolha seria Edvaldo, com o objetivo claro de ocupar espaços já garantidos através do voto do povo e dos militantes petistas ao senador Rogério Carvalho (PT).