Esta semana, sem sombra de dúvidas, foi um divisor de águas para o grupo governista no que tange o processo sucessório da prefeitura de Aracaju nas eleições 2024, principalmente, por ter evidenciado o que a Realce já havia antecipado em relação ao imbróglio entre o atual gestor Edvaldo Nogueira (PDT), o governador Fábio Mitidieri (PSD), e demais aliados.
Os desdobramentos começaram a tomar forma quando o ex-deputado federal André Moura (UB) se reuniu com 15 vereadores, selando um acordo político que promete impactar consideravelmente as eleições de 2024 e 2026.
Logo em seguida, os bastidores políticos voltaram a agitar-se após o vereador Nitinho Vitale (PSD), que não abre mão de se colocar como pré-candidato no próximo ano, direcionar críticas contundentes a Edvaldo. O parlamentar afirmou que o prefeito não contribui para o grupo devido à sua falta de habilidade de articulação política.
A resposta de Nogueira veio acompanhada de uma nota emitida pelo PDT, repudiando as declarações do vereador e deixando claro que a responsabilidade pela escolha do candidato do grupo recai sobre o prefeito.
Frente a esse imbróglio, coube ao líder do grupo governista pronunciar-se e definir quem estava equivocado na situação. Nesse contexto, a culpa foi atribuída a Nitinho, sendo que Mitidieri não hesitou em instruir o vereador a “baixar a bola”, na tentativa de acalmar as tensões entre os aliados.
Essa artimanha permitiu que Mitidieri fosse posicionado como o líder que deveria ser. No entanto, é importante destacar que o próprio governador incentivou nos bastidores essa estratégia de pulverização e, após criar uma situação caótica, emergiu como uma figura apaziguadora, atuando para conter o incêndio que ele próprio criou. Por fim, o objetivo foi alcançado: enfraquecer Edvaldo e crescer Fábio.