Tendo como voto o grande alvo, prefeitos que buscam fazer seus sucessores correm contra o tempo para aumentar a avaliação de suas gestões, que servirá como base para se elegerem ou fazerem seus sucessores. Obviamente, se os resultados forem negativos, a aprovação da administração será seu grande carrasco, tornando-se o maior conversor de votos para seus próprios adversários.
Nesse contexto, à medida que as eleições de 2024 se aproximam, a avaliação de um governante emerge como o verdadeiro “cabo eleitoral”, exercendo influência não apenas sobre os eleitores, mas também moldando a imagem do gestor na esfera pública e midiática.
Para os prefeitos com desafios de aprovação, o tempo se torna um recurso valioso, e sua utilização estratégica pode favorecer ou prejudicar suas perspectivas eleitorais. O desafio atual consiste em reverter possíveis rejeições e configurar um cenário positivo para uma reeleição ou para o lançamento de um sucessor.
Em Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT) colhe os frutos de uma gestão bem avaliada após quatro mandatos, impulsionando a pré-candidatura de seu possível sucessor, Luiz Roberto (PDT). O respaldo da população se reflete nas pesquisas de opinião pública e nos levantamentos de consumo interno, especialmente quando o secretário é apresentado como pré-candidato do prefeito e conquista bons números, mostrando que deve ir ao segundo turno. Este alinhamento evidencia a importância da aprovação da administração atual como um fator determinante no cenário político aracajuano.
Ciente disso, em busca de uma aprovação ainda mais expressiva, Edvaldo intensifica suas estratégias diante do favoritismo de Emília Corrêa (PRD). Essa corrida política envolve uma série de iniciativas, incluindo ações visíveis à população e o fortalecimento da imagem do pré-candidato. Por isso, Nogueira tem adotado um ritmo acelerado de trabalho, marcado por lançamentos e eventos frequentes, ressaltando a atenção dada a uma gestão ativa e visível como trunfo eleitoral.
Em Itabaiana, a gestão de Adailton Sousa (PL) se mostra como outro exemplo, já que conquistou naturalmente forte aprovação dos cidadãos ao longo de seu mandato, que agora almejam a continuidade de seu governo. Essa preferência é resultado não apenas de promessas de campanha, mas da observação do trabalho realizado durante os últimos anos.