A polêmica compra de passagens com dinheiro público, envolvendo o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macedo (PT), segue dando o que falar na imprensa em todo o país. Desta vez, a informação, segundo fontes da revista na classe política em Brasília e na imprensa, como o Correio Braziliense e o Estadão, é de que setores do PT nacional viram a situação como a gota d’água para MM deixar o ministério. Ha mobilização de membros da sigla e movimentos sociais para levar de volta à pasta um antigo auxiliar de confiança, Gilberto Carvalho.
Carvalho desempenhou um papel crucial como chefe de Gabinete de Lula por oito anos, durante os dois primeiros mandatos do petista, de 2003 a 2010. Além disso, ocupou a posição de Secretário-Geral da Presidência no primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, de 2011 a 2014. Sua contribuição também se estendeu às campanhas eleitorais de Lula, incluindo a de 2022.
Como um dos fundadores do PT, Gilberto é uma figura destacada no PT, com forte ligação com os movimentos sociais. Esta posição estratégica, que Macedo não tem preenchido de maneira satisfatória, segundo declarações de Lula em dezembro passado, além de analistas políticos, coloca Carvalho como uma opção para lidar com a situação.
Verificada pela Realce, a polêmica viagem dos três assessores a Aracaju com custos cobertos pelos cofres públicos seria apenas a ponta do Iceberg das falhas cometidas pelo ministro, que o fazem ver sua posição no governo ficar ameaçada.
Em seu pronunciamento, Macedo anunciou que o caso está em apuração, e seus colaboradores já ressarciram os gastos. Ele alega ter custeado suas próprias despesas durante o Pré-Caju realizado entre 3 e 5 de novembro do ano passado, fora de seu horário de expediente.