Favorita na disputa pela prefeitura de Aracaju, com um grande clamor popular que a faz ser considerada como um fenômeno eleitoral, com chances reais de vencer já no primeiro turno, a vereadora Emília Corrêa (PRD) é o principal obstáculo dos governistas para se manterem no poder na capital sergipana nas eleições 2024. Sem o consenso de um nome para bater de frente com a parlamentar, o que lhes restou foi tentar minar a pré-candidatura da opositora e, para isso, contando com uma forte arma: a delegada Danielle Garcia (Podemos).
No primeiro encontro do grupo para deliberar sobre o pleito, nesta semana, o anúncio feito pelo senador Alessandro Vieira (MDB) foi a grande surpresa, ao afirmar que Danielle se filiaria ao MDB e passaria a ser pré-candidata a prefeita pelo partido.
Danielle emerge como peça-chave para desafiar a líder nas pesquisas, não apenas devido ao seu histórico de votação, mas, principalmente, pelo posicionamento diante do eleitorado semelhante ao de Emília, mesmo que hoje esteja ligada ao governo do Estado.
A estratégia é semelhante a que ela sofreu em 2020, quando foi candidata a prefeita da capital como opositora. Naquele ano, a delegada Katarina Feitosa (PSD) foi escalada para ser a vice de Edvaldo Nogueira (PDT) justamente para combater Garcia, que liderava as intenções de voto.
Nas eleições de 2020, Danielle chegou ao segundo turno numa dura disputa contra Edvaldo, conquistando 109.864 votos, representando 42,14% do eleitorado. Em 2022, na acirrada disputa ao Senado, a delegada obteve apoio de 206.135 eleitores.