É consenso entre os mais diversos analistas políticos que as eleições de 2024 refletem a preferência crescente por mulheres no poder, uma vez que os resultados de pesquisas qualitativas demonstram um claro apoio do eleitor a candidaturas femininas.
Aracaju
O atual cenário promissor para pré-candidaturas femininas nas eleições 2024 abre a possibilidade dos aracajuanos elegerem uma mulher como prefeita pela primeira vez na história, dada a força da vereadora Emília Corrêa (PRD), que possui chances reais de vencer a disputa já no primeiro turno, e diversos outros nomes que vêm surgindo, como Katarina Feitoza (PSD), Linda Brasil (PSOL), Niully Campos (PSOL), Danielle Garcia, e Candisse Carvalho (PT), que se destaca como uma das maiores surpresas para o pleito, apesar de iniciante como pré-candidata.
Aracaju II
Com esse panorama favorável às mulheres, também chama a atenção o fato delas serem as maiores forças tanto na esquerda como na direita. Com perspectivas ideológicas divergentes, Emília Corrêa (PRD) desponta como favorita entre os conservadores, enquanto Candisse Carvalho (PT) conquista espaço entre petistas e movimentos sociais, por exemplo.
Estratégia
Na capital, diante do sólido favoritismo de Emília, que emerge como um fenômeno eleitoral, Fábio Mitidieri (PSD) e André Moura (UB) se movimentam para enfraquecer a parlamentar e evitar a saída do grupo do comando da capital, após décadas no poder. Uma das táticas dessas estratégias é trazer Danielle Garcia como pré-candidata pelo MDB para minar a vereadora. Posteriormente, seu nome deve ocupar o espaço de vice.
Estratégia II
A estratégia adotada pelo grupo com Danielle já se assemelha à enfrentada por ela em 2020, quando concorreu à prefeitura como candidata opositora. Naquela ocasião, a delegada Katarina Feitosa (PSD) foi escolhida como vice de Edvaldo Nogueira (PDT) com o intuito explícito de confrontar Garcia, então líder nas pesquisas de intenção de voto, resultando na derrota da candidata no segundo turno.
Estratégia III
Segundo informações exclusivas obtidas pela Realce, o grupo também articula em Brasília para deixar a vereadora sem partidos, especialmente o PSDB e o Avante. O objetivo é que, com essa tática, eles consigam esvaziar o projeto político de Emília, já que não conseguem enfraquecê-la diante do eleitorado.
Candisse
Além de Emília, Candisse Carvalho também emerge como uma potencial ameaça para o grupo. Apesar de sua estreia como pré-candidata nas eleições de 2024, a jornalista transcendeu de uma posição inicialmente desacreditada para se tornar uma presença destacada, surpreendendo dentro das fileiras petistas. Capitalizando nos espaços deixados por outros membros do partido, ela conquista apoio tanto da militância quanto de movimentos sociais e populares, evidenciando-se como um dos nomes que mais ganhou projeção nos últimos dois meses.
PSOL
Após meses de disputa interna, Niully Campos foi escolhida oficialmente pelo PSOL para disputar a prefeitura de Aracaju nas eleições 2024. A decisão da sigla confirma o que já vinha sendo abordado pela Realce desde outubro do ano passado. A informação era de que o PSOL nacional tinha o plano de lançar Linda como pré-candidata à prefeita, com a perspectiva de, no futuro, colocá-la como candidata à Câmara Federal em 2026.
PSOL II
Segundo Linda, a decisão por Niully foi tomada de maneira inédita apenas pela direção do partido, sem ouvir a militância em plenárias de base, refletindo apenas a posição de uma única tendência, a Primavera Socialista, e da qual fazem parte o ex-deputado estadual Iran Barbosa e Campos.
Sem racha
O atual prefeito de Itabaiana, Adailton Sousa (PL), reafirmou novamente sua lealdade a Valmir de Francisquinho, ao negar, nesta semana, as informações de bastidores de que ambos iriam romper por desentendimentos no que tange as eleições 2024 na cidade serrana. A informação que chega à redação é que foi feito um acordo para que o gestor seja candidato a deputado estadual em 2026.
Rogério X Mitidieri
Nos últimos dias, Rogério Carvalho (PT) foi novamente alvo de campanhas agressivas de seus oponentes para minar sua credibilidade, chegando ao ponto de alegarem que o petista negligenciou o retorno da Petrobras a Sergipe no primeiro ano do terceiro mandato de Lula (PT). Encabeçando os ataques, o governador Fábio Mitidieri (PSD) tentou deslegitimar o senador. No entanto, provando sua defesa constante pela pauta, o parlamentar relembrou em suas redes sociais diversos períodos em que defendia a volta da Petrobras a Sergipe, o que legitimiza a sua intensificação pelo retorno da estatal ao estado.