Com o recuo de candidaturas em vários estados, visando fortalecer alianças estratégicas para as eleições 2024, em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, a executiva nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) não abrirá mão de ter pleiteantes em outras capitais, onde há chances de vitória. Uma delas, conforme informações obtidas pela Realce, é Aracaju, que está prestes a oficializar Candisse Carvalho como pré-candidata a prefeita, mesmo diante de articulações individuais para entregar a sigla ao privatista Governo de Fábio Mitidieri (PSD).
O planejamento estratégico do PT nacional estabelece o lançamento de candidatos próprios à prefeitura em apenas 16 dos 26 estados onde haverá eleições. Nas demais unidades federativas, a legenda optará por apoiar candidatos de outras siglas. Essa estratégia visa concentrar esforços em regiões onde há maior viabilidade de vitória, como é o caso de Aracaju, onde a jornalista pode repetir o sucesso de Rogério Carvalho em 2022, emergindo como a principal representante da esquerda e alcançando sem muitas dificuldades o segundo turno.
Com um amplo respaldo da militância, dos movimentos sociais e populares, tudo indica que a jornalista Candisse Carvalho será oficialmente definida como a pré-candidata à Prefeitura de Aracaju pelo PT, em uma reunião agendada pelo diretório municipal da sigla para a próxima segunda-feira, 19. Até o momento, seu nome tem se destacado, embora a legenda também conte com o ex-conselheiro Clóvis Barbosa, além de outros prováveis candidatos na federação que inclui o PCdoB e o PV.
Se confirmado, o número de 16 candidatos do PT em capitais se aproximará da disputa de 2012, quando 17 representantes petistas concorreram às prefeituras das capitais. Naquela época, a então presidente Dilma Rousseff estava no início de seu mandato, e o partido também optou por apoiar candidatos de outras legendas aliadas, como Eduardo Paes (na época no MDB), no Rio de Janeiro, e o ex-deputado Gustavo Fruet (PDT-PR), em Curitiba. O maior registro de candidaturas petistas foi em 2004, com 23 postulantes. Naquela época, a legenda estava em ascensão após a primeira eleição de Lula para a presidência, ocorrida há 20 anos. Agora, duas décadas depois, a sigla vive um novo ápice, após ter sido politicamente massacrada.