Nas últimas semanas ganhou uma grande repercussão no estado o caso envolvendo dois advogados e a Ordem dos Advogados do Brasil em Sergipe (OAB-SE). E, ontem, 20, o escritório que defende Ricardo Almeida, acusado de estupro pela colega de profissão, Bruna Hollanda, se pronunciou sobre a situação, apontando ‘inúmeras contradições’ na acusação.
Ricardo era Conselheiro Seccional da OAB Sergipe, secretário-geral da Comissão de Defesa das Prerrogativas, membro do Conselho Estadual de Segurança Pública e Defesa Social( CONESPDS), e vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva Escolar (STJDE).
Em nota, a equipe ainda reiterou que Ricardo é inocente: “A defesa do noticiado vem a público informar que já foram prestados os devidos esclarecimentos sobre o fato perante a Autoridade Policial, oportunidade em que foram apontadas inúmeras contradições nas versões apresentadas no inquérito, entretanto, em que pese acreditar fielmente na inocência do advogado, aguardará a conclusão do procedimento para eventual manifestação”.
Já com relação ao pronunciamento feito pela advogada na última segunda-feira, 18, quando expôs a falta de amparo da OAB/SE, a nota diz que cabe à Ordem dos Advogados do Brasil se pronunciar. “De forma que a defesa se manterá silente, respeitando as partes envolvidas no evento, reiterando que acredita fielmente na improcedência das acusações formuladas”, frisou.
Bruna decidiu renunciar ao cargo de conselheira da Ordem dos Advogados do Brasil em Sergipe (OAB-SE) e, em um vídeo divulgado nas redes sociais, ela apresentou uma carta, explicando os motivos que a levaram a tomar essa decisão e expressou sentir-se desamparada pelo órgão representativo mesmo após ter denunciado o caso.
O pronunciamento de Hollanda gerou uma grande repercussão e comoção em todo o estado, recebendo apoio de lideranças e da população. Nele, ela expressa sua profunda dor, frustração e indignação ao renunciar ao cargo da OAB, descrevendo uma série de eventos desanimadores, incluindo a falta de apoio após relatar o caso de estupro; contradições na postura da Ordem e até mesmo a utilização do seu caso para fins de marketing.
Relembre
No boletim de ocorrência, a vítima relata que pediu ao suspeito uma carona até a sede da OAB, mas durante o trajeto ele a assediou e ameaçou. Após, o suspeito a levou para seu apartamento, onde a agrediu fisicamente e a estuprou. A vítima, posteriormente, buscou atendimento médico e foi diagnosticada com lesões genitais e herpes.