Candisse Carvalho (PT), que a princípio foi alvo de ataques dos governistas que tentaram desconstruir e ridicularizar sua pré-candidatura, com ações machistas e misóginas, teve o maior crescimento dentre os pré-candidatos nos últimos meses, se tornando o grande fator surpresa para as eleições 2024, em Aracaju. Ela mudou o curso da disputa ao se posicionar como a opção para o eleitor lulista, em um duelo direto com os conservadores, que depositam suas fichas em Emília Corrêa, recém filiada ao PL do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Com esse destaque, surpreendendo até mesmo dentro das fileiras petistas, e aproveitando os espaços que foram surgidos, ela conseguiu conquistar amplo apoio tanto da militância quanto de movimentos sociais e populares, passando de desacreditada para um nome com grandes possibilidades de chegar ao segundo turno. Esse cenário ficou ainda mais promissor com sua pré-candidatura se agigantando com o respaldo de Lula e do PT nacional, que tem Aracaju como uma de suas prioridades na disputa deste ano, diante das chances de vitória.
Dessa forma, a pré-candidatura de Carvalho, que também conta com a força de articulação do senador Rogério (PT), João Daniel (PT) e demais petistas do estado, não apenas se destaca como uma peça fundamental para Aracaju e Sergipe, onde o PT vem recuperando seu protagonismo, mas também assume uma importância nacional. Representa uma oportunidade significativa para o partido conquistar o maior número possível de prefeituras nas capitais do país, em um momento crucial de retomada e fortalecimento da sigla.
Desde a oficialização de sua pré-candidatura no último dia 9, essa tendência tem se tornado cada vez mais evidente, com Candisse intensificando suas atividades não apenas em Sergipe, mas também expandindo seus esforços para além das fronteiras do estado, como demonstrado em suas visitas em Brasília, onde tem encontrado importantes lideranças petistas.
Diante desse panorama, com o temor de uma repetição do que poderia ter ocorrido em 2022, os governistas têm se empenhado em enfraquecer as pré-candidaturas de Candisse e Emília, na esperança de garantir a presença de dois de seus próprios pré-candidatos no segundo turno. No entanto, com o crescimento da influência da petista e a crescente projeção nacional da disputa, em que a direita e esquerda devem se enfrentar, essa estratégia se mostra cada vez mais desafiadora.