Com as recentes filiações e definições partidárias do PT e PL para as eleições de 2024 em Aracaju, e diante da crescente tendência de nacionalização e polarização da disputa, os eleitores lulistas e bolsonaristas têm intensificado o debate nas redes sociais em torno das pré-candidatas à prefeitura da capital, Candisse Carvalho e Emília Corrêa.
De um lado, Candisse surge como a grande surpresa da esquerda e do PT, consolidando-se como o nome que mais cresceu nos últimos meses para a disputa, e ainda mais após receber o apoio declarado do diretório nacional do partido e do próprio presidente Lula (PT). Por outro lado, Emília vem consolidando seu respaldo junto à base bolsonarista, especialmente após sua filiação ao PL, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Com esse cenário em desenvolvimento e caminhando para uma polarização que, segundo análises de especialistas, aponta para um possível segundo turno entre Carvalho e Corrêa, os debates têm se intensificado. O clima político reflete o que é observado no cenário nacional, com embates acalorados entre os apoiadores de ambos os lados, tanto lulistas quanto bolsonaristas, inclusive com ataques mútuos.
“Emília já tinha o apoio do povo de Aracaju, aliada a Bolsonaro, a lapada vai ser segura nos esquerdistas”, disse um. “Se Emília colocar Bolsonaro no palanque ela perde, o povo não gosta de Bolsonaro”, contrariou outro. “Tô com Lula, Rogério e Candisse prefeita”, comentou mais um internauta. “Aracaju teve seu maior desenvolvimento no governo do PT com Deda e Lula na presidência. Esse tempo deve voltar!”, frisou outro.
“Eles temem, agora você é esquerda ou direita, nunca votarei em candidato do PT ou da esquerda. A esquerda acabou, só tem eleitor de sindicato e uma mídia vendida”, enfatizou um bolsonarista. “Cada uma delas fez sua escolha. Não tem o que temer. Cada uma delas representa a identidade política nacional. Agora é saber quem está do lado do povo, da classe trabalhadora, dos excluídos, dos operatórios , estudantes, dos que esperam uma Aracaju inclusiva e para todos todas, todes. A direita governa para elite. A esquerda para o povo”, defendeu uma lulista.
Esses comentários refletem a intensidade que tem sido vista nos últimos dias diante da iminente polarização da disputa. Enquanto alguns expressam apoio fervoroso a Candisse, ressaltando sua aliança com Lula, outros destacam sua preferência por Emília, respaldada pelo apoio de Bolsonaro.
É importante frisar que o debate sempre esteja no campo democrático, sem ataques às figuras pessoais, como o que vem ocorrendo no estado, quando se trata dos eleitores independentes, apesar do sistema, em diversas ocasiões, jogar de maneira suja, tentando agredir as imagens de ambas pré-candidatas usando táticas misóginas e machistas.