Na final do Campeonato Sergipano, realizada no último sábado, 13, na Arena Batistão, o jovem João Antônio, de 23 anos, relatou ter passado por momentos traumáticos devido a uma falha de reconhecimento facial, que levou à sua condução indevida por policiais militares.
Segundo o torcedor do Confiança, ele foi abordado no meio da torcida e obrigado a colocar as mãos para trás. Ele mencionou que um dos policiais pisou acidentalmente no seu chinelo, e ao tentar recuperá-lo, foi repreendido e teve seu punho apertado pelo oficial, que o advertiu a não fazer movimentos bruscos.
O caso reacendeu discussões sobre a eficácia e os riscos associados ao uso de tecnologias de reconhecimento facial em locais públicos, ainda mais por esse não ter sido o primeiro incidente. Anteriormente, Thais Santos, uma mulher negra, foi injustamente detida e teve um tratamento degradante devido a uma falha similar desse sistema, implementado pela Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP-SE).
Thais chegou a se urinar após ser colocada em um camburão, em um incidente que também foi amplamente criticado como discriminatório, durante o Pré-Caju.
Lideranças de oposição exigiram explicações sobre o ocorrido, acusando o governo do Estado de racismo, e prestaram solidariedade ao jovem.