No lançamento oficial de sua pré-candidatura a prefeita de Aracaju, na noite de ontem, 17, a estratégia da equipe de Yandra Moura (UB) ficou clara: fazer de tudo para evitar qualquer associação com André Moura (UB). O objetivo é buscar passar uma mensagem de independência, utilizando, inclusive de pautas que possam impedir o debate da população (a Realce trará nova abordagem sobre esse tema específico). Toda essa arquitetura é devido a história de AM ligada fortemente a esquemas de corrupção, potencializada por sua associação ao Governo do Rio de Janeiro, que teve seis governadores presos ou afastados somente nos últimos quatro anos, em função do domínio do crime organizado que está empregnado no estado.
No telão do evento, por exemplo, Yandra aparecia ao lado de seu pré-candidato a vice, o ex-governador Belivaldo Chagas (Podemos), e de Fábio Mitidieri (PSD). O governador, além de apoiar o pré-candidato do prefeito Edvaldo Nogueira (PDT), Luiz Roberto (PDT), também dá respaldo ao projeto da deputada, temendo um racha com André Moura que poderia se tornar uma grande ameaça futuramente, especialmente para seus planos de reeleição em 2026.
Sem dúvidas, essa foi uma das coisas que mais chamou a atenção, embora já fosse esperada. Ao contrário da campanha de 2022, quando substituiu André Moura na corrida para a Câmara Federal devido à impossibilidade jurídica do ex-deputado, Yandra não usou o slogan “Yandra de André” nem a imagem de seu pai, que nem sequer chegou a discursar. Isso confirma o que já havia sido levantado pela Realce sobre a estratégia de sua equipe de marketing, que busca reverter a rejeição da pré-candidata na capital, a qual reflete a de AM.
O evento no bairro 18 do Forte, na Zona Norte de Aracaju, também marcou o lançamento oficial das 162 pré-candidaturas a vereador dos partidos que compõem a base de Yandra, e contou com a presença de correligionários e aliados de André.