Numa ânsia desenfreada por poder, os governistas continuam se degladiando com um visível e constrangedor “fogo amigo”, em meio a um grande conflito de interesses entre os membros do grupo, especialmente direcionado ao prefeito Edvaldo Nogueira (PDT) que não abrirá mão de Luiz Roberto (PDT) para disputar sua sucessão.
Desta vez, Edvaldo voltou a ser alvo de duras críticas, feitas pelo ex-governador e atual pré-candidato a vice na chapa de Yandra Moura (UB), Belivaldo Chagas (Podemos). Ele acusou Nogueira de ter se acomodado em sua gestão, afirmando que o prefeito “pensa pouco sobre política”, e o aconselhando “a contar até 100 antes de falar qualquer coisa”.
A declaração de Chagas, feita em entrevista na Rede Rio FM, também criticou a condução de Fábio Mitidieri (PSD) no grupo e relembrou a situação das eleições de 2022. Naquele ano, Edvaldo havia exposto a divisão interna do grupo, o que já havia sido abordado com exclusividade pela Realce, na época, afirmando que a escolha de FM como candidato a governador havia sido um erro, já que era ele quem liderava os levantamentos.
Vale ressaltar que essa não é a primeira vez que Belivaldo critica abertamente Edvaldo, especialmente agora que ele integra a chapa liderada por André Moura (UB), posicionando-se como oposição à administração do prefeito, e correndo por fora entre os governistas para a disputa.
Na corrida eleitoral, a estratégia de Edvaldo e Mitidieri não contempla a chapa de Yandra/Belivaldo. Pelo contrário, eles têm lançado diversas pré-candidaturas para atrair diferentes perfis de eleitores, com o objetivo de posteriormente unificá-los em apoio a Luiz, além de tentar sufocar Moura na disputa.
Além disso, é relevante destacar que a chapa é a que mais tem sido alvo do “fogo amigo” dos governistas. André e Yandra continuam na mira do senador Alessandro Vieira (MDB), que teria articulado a pré-candidatura de Danielle Garcia (MDB) para prejudicar a deputada na disputa, em uma estratégia que contou com o apoio de Mitidieri e Edvaldo.