Correndo contra o tempo, a equipe de pré-campanha da pré-candidata a prefeita de Aracaju, Yandra Moura (UB), tem intensificado suas movimentações em busca de reverter a alta rejeição que seu nome carrega na capital por ser fortemente associado ao do seu pai, André Moura (UB). No entanto, os resultados não têm sido os esperados, deixando-a frustrada em sua tentativa desesperada de conquistar o eleitorado, especialmente o independente, apenas conseguindo atingir as lideranças, e não o povo propriamente dito.
Na corrida pela prefeitura, a parlamentar também busca o apoio de direitistas. Ela consegue atingir uma pequena parcela do anti-lulismo em função da participação direta de André no impeachment de Dilma Rousseff (PT), em 2016, quando ele era deputado federal. No entanto, enfrenta dificuldades para conquistar os bolsonaristas, que propagam slogans como “Deus, pátria e família”, devido à imagem de seu pai e líder estar fortemente associada a casos de corrupção.
O mesmo acontece com o eleitorado independente, que rejeita veementemente a possibilidade de entregar as chaves dos cofres públicos de Aracaju ao ex-deputado, que, segundo informações já abordadas pela Realce, busca comandar a política do estado e espera ganhar mais poder político através da filha, em uma possibilidade extremamente remota de vitória, de olho nas eleições de 2026.
Desse modo, a pré-campanha da deputada caminha a passos largos para repetir o mesmo desempenho que teve em 2022, quando substituiu às pressas seu pai, juridicamente impossibilitado de disputar a vaga na época, na corrida por uma cadeira na Câmara Federal. Naquele ano, apesar de ter sido a mais votada no estado, numa campanha marcada por suposto abuso de poder econômico, Yandra terminou como a sétima colocada na capital, com apenas 13.629 votos.