Assim como se mobilizou para a construção do Hospital do Amor em Lagarto, a bancada sergipana no Congresso está unindo forças para tornar prioritárias as obras do Canal de Xingó. Esse foi o tema debatido hoje, 2, na Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional da Câmara, durante uma audiência pública.
O deputado federal João Daniel (PT), que requereu e presidiu a audiência, destacou que o objetivo principal é mobilizar os parlamentares para tornar o projeto uma prioridade. Ele fez um apelo para que a bancada se una e trabalhe para que isso aconteça, dialogando também com o governo do Estado e levantando o debate na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese).
“Fazemos um apelo para pautar essa obra como prioritária para o governo do Estado”, declarou João. Segundo ele, o Canal de Xingó representa a redenção do Sertão sergipano, pois grande parte das águas do canal será destinada a assentamentos consolidados no estado, que produzem alimentos saudáveis e possuem uma bacia leiteira de grande relevância regional.
O senador por Sergipe, Rogério Carvalho (PT), foi o primeiro parlamentar a discursar na audiência, onde destacou a importância do projeto: “Essa audiência pública, proposta pelo companheiro João Daniel, é uma iniciativa extremamente necessária para o nosso povo e que contará com o apoio do nosso mandato para que se torne, o mais breve possível uma realidade”.
Rodrigo Valadares (UB) reforçou a necessidade de união entre os parlamentares, independentemente das diferenças ideológicas: “Quando se trata do Nordeste, principalmente quando se trata de Sergipe, nós temos a bancada mais unida. Nós não medimos esforços para lutar por aquilo que é bom para o nosso povo”.
Também participaram da audiência os deputados federais Nitinho Vitale (PSD), Ícaro de Valmir (PL) e Samuel (PP), o deputado estadual Chico do Correio (PT), a diretora do Incra, Rose Rodrigues, os presidentes da Codevasf, entre outros.
O projeto do Canal de Xingó prevê uma extensão de 305 quilômetros, com capacidade para transportar até 36 metros cúbicos de água por segundo. Estudos iniciais apontam que ele deverá beneficiar cerca de 69,3 mil pessoas, além de gerar 16,5 mil empregos diretos e 33 mil empregos indiretos. A obra depende de recursos da União, e a bancada sergipana já está se mobilizando para garantir que o projeto receba a atenção e o financiamento necessários para sua execução.