Em completo desespero pelo fiasco eleitoral que se aproxima, os governistas têm se embaraçado ainda mais em disputas internas por poder, que já estão sangrando a base do grupo, deixando claro que todos querem ser protagonistas. Desta vez, Danielle Garcia (MDB), que foi usada como uma massa de manobra no jogo perigoso de Edvaldo Nogueira (PDT) e Fábio Mitidieri (PSD), é quem está no centro dos conflitos.
A delegada não quer abrir mão de sua pré-candidatura a prefeita de Aracaju para ser vice de Luiz Roberto (PDT). Consequentemente, sua resistência a tornou alvo de intenso fogo amigo dos governistas, que tentam a todo custo enfraquecer seu nome na disputa, os mesmos que, ironicamente, a impulsionaram, inicialmente, quando ela ainda fazia parte de seus planos para somar apoio ao pedetista.
As informações são de que existe uma tentativa de esvaziamento do grupo com Danielle. Um indicativo disso é que Katarina Feitoza (PSD), que desistiu de disputar as eleições— conforme antecipado pela Realce—, apoiou Luiz, seguindo uma orientação de Fábio Mitidieri (PSD), em vez de Garcia, com quem vinha dialogando há um bom tempo.
Outro indicativo desse possível esvaziamento, conforme informações dos bastidores, é a tendência do PSB, liderado por Zezinho Sobral e Cláudio Mitidieri, de apoiar Luiz.
O objetivo é forçar Danielle a desistir da disputa, já que ela não aceita ser vice. Caso ela ceda, a delegada deverá optar pela neutralidade, mas também pode decidir declarar apoio à oposição, comprometendo de vez o projeto dos governistas, que visavam ter seu apoio.
Eles serão os principais prejudicados se não conseguirem o apoio de Danielle, dada sua força eleitoral. Garcia foi a candidata mais votada em Aracaju nas eleições de 2022 para o Senado, com 72.031 votos, e quase venceu Edvaldo em 2020, ao receber o apoio de 109.864 aracajuanos no segundo turno.