A classe política sergipana se manifestou neste final de semana repudiando o atentado contra o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que fazia um comício na Pensilvânia quando foi alvejado por tiros numa tentativa de assassinato, no último sábado, 13.
Após os disparos, Trump se abaixou e, depois de ser amparado por agentes do serviço secreto, levantou com sangue na orelha e no rosto. O ex-presidente norte-americano foi retirado do palanque protegido pelos agentes.
O FBI, o serviço de inteligência dos Estados Unidos, identificou o atirador como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos — ele foi baleado e morto por um atirador de elite. Com os disparos, um espectador do comício morreu e outros dois ficaram gravemente feridos.
Para o senador por Sergipe, Alessandro Vieira (MDB), a radicalização contaminou a sociedade e adoeceu a política no mundo todo. “É absurdo que grandes democracias, como Brasil (2018, Bolsonaro) e USA (2024, Trump), tenham candidatos presidenciais vítimas de tentativas de homicídio motivadas claramente por suas posições ideológicas”, disse.
Laércio Oliveira (PP) avalia o caso como um atentado à democracia: “É muito preocupante que mais uma vez um líder político tenha sido alvo de uma tentativa de assassinato. As cenas representam um atentado à democracia. A violência política não deve ter lugar nas nossas sociedades em pleno século XXI. Desejo rápida recuperação a Donald Trump”.
A deputada federal Katarina Feitoza (PSD) frisou que “a violência nunca será o caminho”. “Por isso esse episódio nos Estados Unidos é tão lamentável. Não é o que se espera numa democracia, onde o voto representa a vontade popular, seja ela qual for. Tudo que destoe disso é inaceitável, sob qualquer hipótese!”, ressaltou.
O delegado André David (Republicanos) também repudiou o atentado: “Muito estranho que só as ‘ameaças à democracia’ são vítimas de violência política. Por quê? Talvez porque eles adoram a liberdade de expressão, odeiam os criminosos e pregam a austeridade do serviço público. Realmente, são uma ‘ameaça’ ao establishment”.
Outros políticos sergipanos foram diretos ao atribuir a culpa da situação à esquerda. “Nós estamos vivendo hoje uma guerra do bem contra o mal”, afirmou a pré-candidata a vereadora de Aracaju, Moana Valadares (PL). “É assim que a esquerda age. Alguém aqui já esqueceu do que também tentaram fazer com Bolsonaro lá em 2018?”, questionou o deputado Rodrigo Valadares (UB), relembrando o ataque com faca sofrido pelo ex-presidente em 6 de setembro de 2018, em Juiz de Fora, Minas Gerais.
“Assinaram a posse de Trump, esquerda nojenta!”, declarou o pré-candidato a vereador de Aracaju, Adroaldo Alves. “É assim que a esquerda faz”, disse o deputado estadual Luizão Dona Trampi (UB).
Por meio de nota do Itamaraty, o governo Lula (PT) também se manifestou veementemente contra o atentado. Segundo o comunicado, o Brasil reafirma ser inaceitável qualquer forma de violência política em sociedades democráticas e que acompanha com atenção o pleno esclarecimento dos fatos.