O ex-deputado e presidente estadual do Solidariedade, Valadares Filho, era um dos nomes cogitados para ser o vice de Luiz Roberto (PDT) na disputa pela prefeitura de Aracaju. No entanto, apesar de ter declarado apoio ao pedetista, indicado por Edvaldo Nogueira (PDT), ele foi rejeitado pelo grupo para assumir a posição na chapa.
Nos bastidores, essa decisão é vista como resultado do grande desgaste e da fragilidade de Valadares em eleições anteriores— que lhe rendeu a reputação de “pé frio”, devido à sua frequência em perder quando se envolve nas composições eleitorais—, que poderia agravar ainda mais a já delicada situação do grupo governista.
Em 2016, o ex-deputado amargou uma dura derrota na disputa pela prefeitura de Aracaju, recebendo 134.435 votos contra 146.271 do atual gestor. Em 2018, na corrida pelo Governo de Sergipe, ele obteve 370.161 votos, enquanto Belivaldo Chagas (Podemos) obteve 679.051 votos.
Em 2020, Valadares integrou a chapa como vice de Danielle Garcia (MDB), novamente atuando como oposição a Nogueira. Mais uma vez, foi derrotado, com sua chapa recebendo 109.864 votos, enquanto o pedetista conquistou 150.823 votos na disputa pela prefeitura da capital. Em 2022, na corrida pelo Senado, a tendência se repetiu: ele foi derrotado com 267.756 votos, ficando apenas em quarto lugar em Aracaju, onde obteve 58.127 votos.
Com esse histórico de derrotas, o nome de Valadares passou a perder credibilidade no meio político, sendo uma mera peça no jogo dos governistas em uma suposta aliança com Márcio Macedo (PT), que visa atrapalhar a esquerda na capital. Agora, sua aliança com lideranças que ele anteriormente se opôs apenas reforça sua imagem de contradição, agravando ainda mais sua situação.