As amarrações dos governistas para reverter as chances remotas de chegarem ao segundo turno das eleições 2024 em Aracaju desde o inicio estavam fadadas ao fracasso. Em vez de progredir, a estratégia acabou prejudicando ainda mais o projeto do grupo, que agora caminha a passos largos para ficar de fora da segunda etapa da disputa.
Esse cenário fica ainda mais crítico com a oficialização da divisão do bloco que, para a população e para a imprensa, tentavam desesperadamente passar a imagem de coesão. A racha foi sacramentada com a convenção que oficializou Yandra Moura (UB) para a disputa, tendo Belivaldo Chagas (Podemos) como seu candidato a vice, na última sexta-feira, 26.
A chapa, lançada mesmo com Edvaldo Nogueira (PDT) liderando o processo sucessório dos governistas e Luiz Roberto (PDT) como pré-candidato, intensificou ainda mais a divisão interna do grupo, que também segue sem coesão por parte de Danielle Garcia (MDB) e Alessandro Vieira (MDB).
Separados, suas chances de avançar na disputa são praticamente nulas, considerando também os fatores Candisse Carvalho (PT) e Emilia Correa (PL), que despontam como as principais forças da oposição de esquerda e direita, respectivamente.
No caso de Yandra, a situação é ainda mais crítica, pois ela corre o sério risco de repetir o desempenho de sua campanha de 2022. Naquele ano, apesar de ter sido a mais votada em todo o estado para a Câmara Federal, ela ficou em sétimo lugar em Aracaju devido à forte rejeição associada ao nome de seu pai e líder, André Moura (UB).
No geral, o grupo, após longos anos no poder, está destinado ao fracasso. Apesar de promoverem uma imagem de união, estavam na verdade divididos, com vários deles buscando serem protagonistas, sangrando a base governista.