Apesar das mulheres representarem 52,1% da população de Sergipe, de acordo com o Censo de 2022, nas eleições de 2020, cerca de 82% dos municípios sergipanos, ou seja, 61 dos 75, não elegeram nenhuma prefeita.
Naquele ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registrou 257 candidaturas para o cargo de prefeito nos municípios sergipanos, das quais apenas 45 eram de mulheres, correspondendo a pouco mais de 17% do total.
No primeiro turno, apenas 14 delas foram eleitas, o que equivale a 18,6%, enquanto os homens continuaram dominando a política local, com 61 prefeitos eleitos, ou 81,3%.
Foram eleitas prefeitas em 2020: Silvany Mamlak, em Capela; Esmeralda, em Carmópolis; Layana Costa, em Cedro de São João; Clara Rollemberg, em Divina Pastora; Zete de Janjão, em Gararu; Lara, em Japaratuba; Hilda Ribeiro, em Lagarto; Nena de Luciano, em Monte Alegre; Jeane da Farmácia, em Nossa Senhora Aparecida; Luana Oliveira, em Nossa Senhora da Glória; Manuella Martins, em Pacatuba; France de Domingos, em Pedrinhas; Simone de Dona Raimunda, em Riachão do Dantas; e Alba de Ailton, em São Francisco.
Comparado a 2016, quando apenas 10 mulheres foram eleitas prefeitas, correspondendo a 13,33% dos cargos, houve um leve aumento na participação feminina. No entanto, a presença de mulheres na administração municipal ainda é significativamente baixa.
Para as eleições de 2024, há uma expectativa de mudança. Considerado o “ano das mulheres”, há projeções mais otimistas para a eleição de candidatas femininas. Em Aracaju e Nossa Senhora do Socorro, por exemplo, onde as mulheres são a maioria da população, a expectativa é que pela primeira vez na história essas cidades elejam uma prefeita.