A Justiça Eleitoral exigiu, pela primeira vez, nas eleições de 2024, a declaração obrigatória de identidade de gênero no registro de candidaturas. Como resultado, 963 candidatos se identificaram como transgêneros, representando 0,21% do total de 455.752 candidaturas para os cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador em todo o Brasil.
Esses candidatos trans estão distribuídos entre 27 partidos políticos, com o Partido dos Trabalhadores (PT) liderando em número, com 121 candidatos declarados trans. O PSD aparece em seguida, com 97 candidatos, seguido pelo PSOL com 63 e o PDT com 62. O Partido Liberal (PL), que tradicionalmente adota pautas conservadoras, surpreende ao registrar 29 candidatos transgêneros.
Entre todos os candidatos, 363,5 mil se declararam cisgêneros, enquanto 91,2 mil preferiram não informar sua identidade de gênero.
Outra novidade deste pleito é o preenchimento opcional da orientação sexual no registro de candidatura. A maioria esmagadora, 98,27%, se declarou heterossexual. Os demais se dividiram entre 0,72% de gays, 0,44% de lésbicas, 0,31% de bissexuais, 0,13% de assexuais e 0,05% de pansexuais.
