A disputa pela prefeitura de Ribeirópolis nas eleições de 2024 continua sendo marcada por graves polêmicas. Desta vez, o deputado estadual Georgeo Passos (Cidadania), único candidato da oposição ao Executivo municipal, prestou um boletim de ocorrência ontem, 27, após surgirem denúncias de compra de votos e ameaças armadas feitas por um aliado do atual prefeito, Rogério Sobral (PSB), que busca a reeleição.
As denúncias vieram à tona por meio de áudios que circulam em grupos de WhatsApp locais, nos quais um apoiador conhecido como Jacaré, ligado a Sobral, faz ameaças explícitas aos eleitores de Ribeirópolis.
“Nós vamos colocar uma pistola boa nos peitos desses vagabundos safados. Nós temos o capim, é atirar para todo o lado… Se não cair o voto onde a gente achar que vem, eles se lascam. Tem que atirar por todo lado mesmo”, declarou Jacaré, referindo-se ao uso de violência contra aqueles que não seguirem as instruções de voto e dando a entender que seu grupo possui poder econômico para isso.
Georgeo se manifestou contra a tentativa de intimidação. “Estou indignado e revoltado com esse ambiente violento que está sendo criado. Isso é completamente prejudicial à democracia e atenta diretamente contra o povo de Ribeirópolis, que precisa escolher seu prefeito sem violência e livre de pressões”, afirmou.
Já o atual prefeito ainda não se pronunciou. A Realce buscou um posicionamento do gestor sobre a polêmica, mas, até a publicação desta matéria, não obteve retorno. O espaço segue aberto para mais esclarecimentos.
A compra de votos é considerada crime eleitoral grave no Brasil, previsto no artigo 299 do Código Eleitoral. A lei estabelece que tanto quem oferece quanto quem aceita qualquer tipo de benefício em troca de voto pode ser punido com reclusão de até quatro anos e pagamento de multa. Além disso, candidatos envolvidos em esquemas de compra de votos podem ter seus registros de candidatura cassados, sendo inelegíveis para futuras eleições.