As movimentações para as eleições de 2024 em Aracaju têm sido intensas, tanto para o Executivo quanto para o Legislativo. Na disputa pelas 26 cadeiras da Câmara Municipal, por exemplo, 486 candidatos buscam garantir uma das vagas, mas o cenário eleitoral não é promissor para todas as legendas.
Enquanto partidos como PL, PT, PSD e União Brasil devem eleger entre três e quatro vereadores, como já abordado pela Realce, outras siglas, como a Federação PSDB/Cidadania, DC, Avante e Republicanos, enfrentam dificuldades para garantir uma cadeira.
Apesar de algumas dessas legendas terem candidatos com votação média em torno de dois mil votos na capital, a dificuldade consiste na falta de desempenho equilibrado entre os demais postulantes da chapa proporcional. Desse modo, além de correrem o risco de não atingir a cláusula de barreira, esses partidos podem não conseguir vagas nem mesmo através das sobras.
No sistema proporcional, o resultado é definido não apenas pelos votos recebidos pelos candidatos, mas também pelo total de votos destinados aos partidos ou federações. O cálculo que define os eleitos considera o número total de votos válidos, as vagas disponíveis e a votação obtida por cada partido ou federação. Assim, mesmo que um candidato individualmente se destaque, se a legenda como um todo não atingir um bom desempenho, as chances de conquista de cadeiras diminuem.
Para os partidos citados acima, esse cálculo proporcional pode resultar na ausência de representação na Câmara Municipal de Aracaju, caso não consigam mobilizar votos suficientes. No caso do Cidadania, a situação da sigla ficou crítica após o vereador Ricardo Marques abrir mão de buscar sua reeleição, para ser vice na chapa de Emília Corrêa (PL).