A situação, que já era delicada para o grupo situacionista em Capela nas eleições de 2024, se agravou ainda mais com a impugnação de seu candidato, Júnior Tourinho (MDB), a quase um mês da disputa nas urnas. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) determinou sua impugnação após constatar que ele continuou a exercer funções como Secretário de Obras mesmo após o prazo legal de desincompatibilização.
A decisão foi clara ao apontar que a desincompatibilização de Júnior foi apenas formal, uma vez que ele continuou participando de inaugurações e assinando documentos oficiais após o dia 5 de junho, prazo limite para afastamento do cargo. “Para a população que ali estava, a presença do Impugnado não era tida como a de um mero popular, e sim de um secretário de obras”, destaca um trecho.
Essa sentença, além de retirar o candidato da corrida eleitoral, cria um novo desafio para sua coligação, que agora precisa buscar mais um substituto às vésperas da eleição.
Vale lembrar que o grupo de Silvany Mamlak e Cristiano Cavalcante (UB) já vinha sofrendo desgastes desde a desistência de Rodrigo Sobral (UB) e o rompimento do atual vice-prefeito, Toninho Arimatéa (PSD), que não foi considerado para encabeçar a chapa.
Portanto, com a impugnação de Júnior, o projeto político de Silvany e Cristiano corre o risco de naufragar de vez, enquanto a oposição, liderada pelo grupo de Sukita, com Isadora (PT) como candidata, ganha cada vez mais força, ameaçando o comando da situação no município.