O candidato a prefeito de Aracaju, Luiz Roberto (PDT), negou hoje, 26, que teria sido demitido da Petrobras por ligações ilícitas a empresas de seu irmão, o empresário Téo Santana. No entanto, como já abordado pela Realce, o relatório da estatal é claro ao afirmar que ele foi desligado da empresa por justa causa devido a conflitos de interesses, omissão e favorecimento.
Em um dos trechos, o documento expõe: “Registra-se que o ex-empregado foi desligado por justa causa em 19/04/2019, com formalização por meio do DIP GP/GP-ESP/GP-UO-SEAL 36/2019, em decorrência do relatório de apuração R.2.T.4.03371/17, relativo a conflitos de interesses, omissão e favorecimento. Tal desligamento está, até a data de emissão do presente relatório, sendo objeto de julgamento no âmbito do Processo n° 0001246-75.2019.5.20.0004. Trata-se de pedido de reversão da demissão por justa causa, sob os argumentos de ausência de desídia, imediatidade e proporcionalidade, entre outros”.
Apesar disso, em uma fala confusa, Luiz Roberto tentou atacar a Realce, um veículo independente que não se rende ao sistema, simplesmente por divulgar a verdade. “Ficou mais do que comprovado que foi um ato de perseguição política do governo Temer em relação a quem tinha vinculações políticas […] Eu estou muito tranquilo quanto a isso. O que eu estranhei foi uma revista que todo mundo sabe de quem é e quem protege”, disse, sem citar nomes, em entrevista na Fan FM.
Ele negou as acusações, mas não apresentou explicações concretas sobre o motivo de sua demissão, alegando que as informações divulgadas são falsas, sem esclarecer qual seria, segundo ele, a verdadeira razão para sua saída da Petrobras.
O documento divulgado pela revista mostra que Luiz teria facilitado a liberação de pagamentos à Mega, empresa de seu irmão. Além disso, o relatório destacou a existência de tratativas para que o pedetista recebesse parte da verba de um contrato de patrocínio firmado com a empresa Fama Eventos, levantando mais suspeitas sobre sua conduta.