Mesmo antes de Luiz Roberto (PDT) ser oficializado como candidato à prefeitura de Aracaju, analistas políticos já previam o fracasso do grupo governista nas eleições de 2024, levando em conta que, apesar do apoio de duas máquinas, o pedetista enfrentava dificuldades para decolar nas pesquisas, principalmente devido à alta rejeição de Edvaldo Nogueira (PDT) e Fábio Mitidieri (PSD), que inevitavelmente afetaria sua campanha. O cenário, no entanto, superou as expectativas negativas: nesta reta final, o ex-presidente da Emsurb sofreu uma queda ainda maior nas intenções de voto, agravada pelos recentes escândalos que o afastam cada vez mais do segundo turno.
Na mais recente pesquisa do Instituto Gadu (SE-02533/2024), por exemplo, é evidente que pedetista despencou na preferência do eleitorado, voltando a ficar atrás de Emília Corrêa (PL), Yandra Moura (UB) e Candisse Carvalho (PT)— em outros levantamentos divulgados antes das polêmicas, ele já aparecia em segundo lugar.
Essa queda de Luiz nas intenções de voto está diretamente ligada às recentes polêmicas que cercam sua candidatura. A mais grave delas é sua demissão por justa causa da Petrobras em 2019, que veio à tona na última semana. Ele foi desligado da estatal sob suspeita de envolvimento em um esquema de corrupção, no qual teria favorecido empresas ligadas a seu irmão, Téo Santana, como já abordado pela Realce.
Além disso, Luiz também foi alvo de denúncias de compra de votos em áreas periféricas de Aracaju e coerção de servidores públicos para participar de seus eventos de campanha.
Apesar de ter negado as informações, alegando fake news, isso não foi suficiente para evitar o desgaste, que o fragilizou ainda mais na corrida pela prefeitura, em que caminha a passos largos para naufragar de vez já no primeiro turno.