Têm sido intensos os debates nas redes sociais sobre os apoios e posicionamentos de lideranças e partidos para os dois candidatos que disputam o segundo turno das eleições de 2024 em Aracaju: Emília Corrêa (PL) e Luiz Roberto (PDT).
Internautas criticam a candidata apoiada por Bolsonaro, ao mesmo tempo em que destacam a presença do bolsonarismo na chapa do pedetista— que forma chapa com Fabiano Oliveira (PP), indicado por Laércio Oliveira (PP), ambos bolsonaristas— o que tem gerado controvérsias dentro do grupo governista.
Por outro lado, uma parcela expressiva do eleitorado defende Emília, acreditando que este é o “ano das mulheres” e que ela representa a verdadeira mudança contra um grupo que está no poder há 16 anos.
Ontem, 17, por exemplo, quando a deputada estadual Linda Brasil (PSOL) declarou voto crítico em Luiz Roberto, seguindo a orientação de seu partido e afirmando que “jamais apoiaria a candidata de Bolsonaro”, a repercussão foi imediata. Enquanto alguns aplaudiram a decisão, outros criticaram duramente sua escolha.
“Luiz Roberto é apoiado por Laércio Oliveira que é bolsonarista raiz. De qualquer forma o bolsonarismo estará no poder. Agora não posso votar em um candidato que será a continuidade de um prefeito que fez tão pouco pela saúde, pela causa ambiental e pela mobilidade urbana”, disse um internauta. “Não sei o que é pior. Vir a público dizer que não apoia candidata bolsonarista explícita ou dizer que votará criticamente em candidato de braço dado com o governador que xingou os professores, depreciou a Deso, possui a Alese e os órgãos fiscalizadores, a CMA de 2024 e 2025-2028, e claro, o cara que tem contrato com os setores essenciais do Estado, Município, 3° setor, que é bolsonarista explícito e sempre votou contra tudo que beneficie aos pobres eleitores”, criticou outro.
Já outra parte vê Luiz Roberto como a única opção para impedir a vitória do PL, partido do ex-presidente, e frear o avanço da direita na capital. “Votarei Luiz 12, considerando que a outra candidatura representa o que há de mais retrógrado e antidemocrático na política (o bolsonarismo) além de ter como base de apoio os falsos cristãos defensores da teocracia!”, disse um. “Voto em qualquer um no segundo turno que esteja contra bolsonarista”, comentou outro. “Bolsonaro foi o que de pior pode ter acontecido nesse país. Eu quero muito uma prefeita em nossa cidade, mas não a esse preço de ter uma pessoa que apoia quem não acredita em ciência e não respeita mulher. Entre outras coisas que nesse pequeno espaço não tem como citar. A lista é longa”, acrescentou mais outro.
O pedetista já conta com o apoio da esquerda, o respaldo de duas grandes máquinas e a maioria dos candidatos que disputaram o primeiro turno. Emília, por sua vez, vem conquistando o apoio de lideranças de direita, evangélicos e a maioria dos ex-candidatos e vereadores eleitos do União Brasil, apesar da neutralidade oficial do partido. Além disso, ela conta com um forte apoio popular, de acordo com os últimos levantamentos.