Trazer a Petrobras de volta para Sergipe e, assim, impulsionar emprego e renda no estado foi uma das principais bandeiras de Rogério Carvalho (PT) durante sua candidatura ao governo em 2022. E, embora não tenha chegado ao Palácio dos Despachos, o senador manteve-se firme na defesa dessa causa, criando o movimento “Volta, Petrobras!” para acelerar esse processo em benefício dos sergipanos, inclusive, deixando de lado quaisquer divergências políticas. Isso ficou claro recentemente, em uma coletiva de imprensa, onde o petista declarou estar disposto até mesmo a dialogar com seu maior adversário, Fábio Mitidieri (PSD), para fortalecer essa luta.
Nesse cenário, considerando as atuais principais lideranças políticas no estado, tanto Mitidieri como também a prefeita eleita de Aracaju, Emília Corrêa (PL), podem trabalhar juntos com Rogério e se unirem institucionalmente pela volta da Petrobras a Sergipe. As informações são de que o parlamentar já teria entrado em contato com ambos para firmar essa união.
Com diferentes vieses políticos e ideológicos, essa possível junção de forças pela causa mostra um grande republicanismo que, sem sombra de dúvidas, merece o reconhecimento da população, que deverá ser a maior beneficiada no fim das contas.
No início desta semana, Rogério convocou a união das lideranças sergipanas em prol do movimento, alertando para ameaças que podem dificultar o retorno da estatal a Sergipe. Ele destacou os avanços em projetos de grande impacto, como o Sergipe Águas Profundas (SEAP) e o Projeto Raia, ambos com potencial significativo na produção de gás.
Segundo Rogério, o SEAP, por exemplo, pode produzir até 18 milhões de metros cúbicos diários de gás e gerar 30 mil empregos diretos e indiretos, com investimentos superiores a R$ 40 bilhões. O Projeto Raia, operado pela Equinor, Petrobras e Repsol, prevê produção de 16 milhões de metros cúbicos diários e investimentos de R$ 45 bilhões, com potencial de criação de mais de 50 mil empregos.
Para ilustrar a relevância desses investimentos, Rogério destacou que o valor de R$ 109 bilhões previsto pela Petrobras para Sergipe representa “mais de 20 Desos,” em alusão à venda da companhia por R$ 4 bilhões. “Quando teremos novamente esse montante investido em nosso pequeno estado? Não podemos perder essa oportunidade de trazer de volta a Petrobras e criar 30 mil empregos diretos e indiretos,” afirmou o senador.