Tem sido intensas as conversas das lideranças políticas sobre as eleições de 2026, especialmente após o resultado de 2024 na capital sergipana, com a vitória histórica de Emília Corrêa (PL), que praticamente zerou o jogo para o próximo pleito. Até lá, ainda há muita água para rolar, no entanto, já há especulações para a disputa majoritária e a proporcional, com surgimento de novos nomes que podem deixá-las totalmente acirradas.
Câmara
Para a Câmara, com os nomes que vem surgindo como possíveis candidatos, a disputa caminha para ser uma das mais acirradas da história. Além dos deputados que buscarão a reeleição, com destaque a João Daniel (PT) e Yandra Moura (UB), já se especulam as possibilidades de Márcio Macedo (PT), Cláudio Mitidieri (PSB), Capitão Samuel (PP), Nitinho Vitale (PSD), Priscila Felizola (UB), Valdevan 90, Marcos Santana e Padre Inaldo (PP) disputarem pelas oito cadeiras.
Situação do PL
Como ainda restam dois anos, muita coisa pode mudar, a exemplo da situação do PL. Na sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, Eduardo Amorim e André David— atualmente no Republicanos— podem surgir como candidatos a deputado federal, numa possibilidade de Ícaro abrir mão da disputa pela reeleição para buscar uma vaga na Alese, caso Valmir de Francisquinho (PL) se alinhe definitivamente com a legenda. Se o prefeito eleito de Itabaiana não ceder mais espaço ao grupo, deverá estar em outro partido e seu filho buscará mais um mandato na Casa. Outra possibilidade, como já abordado pela Realce, é dos Amorim construírem uma unidade com Emília e Fábio Mitidieri (PSD), onde o médico e ex-senador disputaria o Senado.
Senado
E por falar no Senado, para ele o cenário é diferente. Rogério Carvalho (PT), como detentor de mandato, tem prioridade dentro do PT para tentar a reeleição. Alessandro Vieira (MDB) enfrenta dificuldades e, segundo informações, pode optar por uma vaga na Câmara. Entre os novos nomes, Rodrigo Valadares (UB) pode tentar o Senado, caso não busque reeleição na Câmara. André Moura (UB) também é um forte candidato. Edvaldo Nogueira (PDT) almeja a vaga, mas a amarga derrota de Luiz Roberto (PDT) em Aracaju comprometeu completamente seus planos.
Fábio no Senado
Com a grande vitória de seu irmão, Sérgio (PSD), em Lagarto, um dos maiores colégios eleitorais do estado, Fábio Reis (PSD) naturalmente também tem sido cogitado como um forte candidato a uma das duas vagas para Sergipe no Senado em 2026. O deputado federal está em seu quarto mandato representando Sergipe no Congresso, e na última eleição obteve 75.848 votos. Se realmente optar por tentar ser senador, abre-se uma vaga para a Câmara.
Prefeitos em Brasília
Diversos prefeitos eleitos em Sergipe participaram em Brasília do Seminário “Novos Gestores”, promovido pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), e aproveitaram a oportunidade para visitar os gabinetes da bancada federal em busca de recursos para suas respectivas gestões.
Prefeitos em Brasília II
Estiveram na capital federal: Daiane Oliveira, de Siriri; Izabel de Nollet, de Divina Pastora; Cleane de Everton, de São Miguel do Aleixo; Lara Martins, de Pacatuba; Eraldo do Frigorífico, de Itabaianinha; Décio Neto, de Japaratuba; Médici de Maim, de Campo do Brito; Vado Gavião, de Poço Redondo; Ianna de Dr. Thiago, de Nossa Senhora da Glória; dentre vários outros.
Secretariado de Emília
Nos bastidores da política aracajuana, as discussões e especulações em torno da composição do secretariado da prefeita eleita de Aracaju estão ganhando força. Um dos nomes mais comentados é o do advogado Unaldo Mota, que pode assumir o cargo de Procurador do Município. Outro nome ventilado é o do advogado Thiago, apontado como provável secretário de Planejamento. Já para a Secretaria Municipal de Saúde, as apostas giram em torno do ex-senador e médico Eduardo Amorim ou da diretora do Hospital Santa Isabel, Débora Leite. Para a Secretaria de Defesa Social, responsável pelo Procon, SMTT e Guarda Municipal, o nome mais citado é o do delegado André David, suplente de deputado federal pelo Republicanos.
Secretariado de Emília II
De acordo com o presidente do Partido Liberal em Sergipe, Edivan Amorim, Emília deverá anunciar os nomes de sua gestão, que inicia em 2025, em breve. Já conforme outros aliados, a prefeita eleita pretende anunciar a equipe até 20 de dezembro.
Crise administrativa e financeira
Uma grave crise administrativa e financeira se instalou em Lagarto após o resultado das eleições de 2024, com direito a acusações de demissões em massa, negligência com os serviços públicos essenciais e um rombo financeiro de R$ 4 milhões da gestão de Hilda Ribeiro (Republicanos) em dívidas de salários e rescisões trabalhistas, que têm gerado uma grande revolta popular.
Um abacaxi para descascar
O próprio aliado do deputado Gustinho Ribeiro (Republicanos) e da prefeita, Luiz Carlos, reconheceu em um grupo de WhatsApp que o prefeito eleito, Sérgio Reis (PSD), enfrentará “um abacaxi para descascar” ao assumir a gestão municipal em 2025, devido aos problemas generalizados, que têm sido promovidos supostamente de forma proposital pela atual gestão.
Negros foram maioria
Pela primeira vez na história, o Dia da Consciência Negra, celebrado nesta quarta-feira, 20 de novembro, foi considerado feriado nacional. A data, além de simbolizar a luta contra o racismo e a desigualdade social, trouxe reflexões sobre conquistas recentes. Em Sergipe, por exemplo, as eleições de 2024 representaram um grande marco, com negros sendo a maioria entre os eleitos para cargos de prefeitos, vereadores e vice-prefeitos, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Os números da representatividade
No primeiro turno das eleições, 37 prefeitos eleitos se declararam pardos à Justiça Eleitoral, superando os 35 candidatos autodeclarados brancos. Entre os vereadores, os números foram ainda mais expressivos: dos 812 eleitos, 594 (73%) se autodeclararam pretos ou pardos. Já entre os vice-prefeitos eleitos foram 46 (66,8%).