As decisões precipitadas de Valmir de Francisquinho (PL) em 2022, que poderiam ter mudado o rumo da eleição naquele ano, continuam sendo um verdadeiro pesadelo para o prefeito eleito de Itabaiana. Elas deixaram feridas abertas, especialmente com setores independentes da direita no estado, além de Emília Corrêa (PL) e os irmãos Amorim. E não se trata de mera especulação; isso fica evidente nas declarações dele e de seus aliados, que expõem claramente a colisão direta do pato com o PL de Aracaju.
Na situação mais recente, o ex-secretário municipal de Agricultura, Erotildes de Jesus, destacou, em entrevista à rádio Nova Princesa, o descontentamento do grupo de Valmir com a falta de posicionamento do PL, que não emitiu uma nota de apoio ao prefeito eleito após a decisão do Tribunal de Justiça (TJ), que o declarou inelegível por quatro anos.
Com essa declaração, voltou a ser discutida nos bastidores a possibilidade de Valmir deixar o PL. De acordo com Erotildes, ele poderia optar por se filiar a outra legenda ou até mesmo assumir o controle do PL em Sergipe, atualmente sob a liderança de Edvan Amorim. Informações exclusivas obtidas pela Realce direto de Brasília mostram movimentações de André Moura (UB) para buscar um partido para abrigar o “pato”.
No entanto, rapidamente, Valmir usou suas redes sociais para negar a saída da sigla. “Ninguém fala por mim. Sou dono da minha voz e das minhas atitudes. Sigo trabalhando pelo fortalecimento do meu partido, que sai de 2024 muito maior do que entrou”, frisou.
Na publicação, Emília se solidarizou com o prefeito, demonstrando, assim como nos bastidores, que não guarda mágoa dele. No entanto, membros do PL e a direita independente ainda não digeriram as decisões de Valmir em 2022, quando poderia ter apoiado Corrêa como cabeça de chapa na disputa, e quando apoiou o candidato do PT no segundo turno. Contudo, na política, tudo sempre pode ser ajustado.
Vale destacar também a clara proximidade dos Amorim com Fábio Mitidieri (PSD), que pode receber seus apoios na busca pela reeleição, assim como o de Emília, com a qual não houve troca de ataques nas eleições anteriores. Essa possibilidade comprometeria ainda mais as pretensões de Valmir, atualmente inelegível, de se candidatar novamente ao governo pelo PL.