O ano de 2024 está chegando ao fim, e diversos prefeitos eleitos nos municípios sergipanos já estão sendo diplomados e se preparando para a posse em janeiro, em meio às expectativas sobre como serão as novas gestões. Nesse cenário, uma das maiores atenções está voltada para Emília Corrêa (PL), que segue anunciando os nomes de seu secretariado na capital e terá a missão de cumprir sua principal promessa de campanha: furar a bolha do “sistemão”.
Secretariado de Emília
Entre os nomes já divulgados estão Hunaldo Mota como procurador-geral do município, Itamar Bezerra, seu esposo e pastor evangélico, para a Secretaria de Governo, Ricardo Marques para a Secretaria de Comunicação, Edna Amorim na Secretaria da Educação, Paulo Márcio na Controladoria-Geral, Sérgio Guimarães na Secretaria de Infraestrutura, Fábio Andrade na Secretaria de Turismo, Débora Leite na Secretaria de Saúde, Sidney Thiago na Secretaria da Fazenda, Nelson Felipe na Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) e Melissa Rollemberg na Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat).
Secretariado de Emília II
Nos últimos dias, a prefeita eleita também confirmou a advogada Elaine Oliveira como futura coordenadora do Procon e o advogado tributarista Thyago Silva para comandar a Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão.
Maior orçamento da história
Em meio a esses anúncios, Emília também foi o centro das atenções nesta semana com relação ao alto orçamento que terá no próximo ano, e que será o maior da história de Aracaju, previsto em R$ 4,648 bilhões, aumentando a expectativa em comparação à gestão de Edvaldo Nogueira (PDT), que teve um orçamento bem inferior.
Apoio ao governo
Embora as eleições de 2026 ainda estejam distantes, articulações políticas para o pleito já movimentam os bastidores e uma das maiores especulações envolve o possível apoio de Emília ao governador Fábio Mitidieri (PSD). A prefeita nega conversas sobre o pleito, mas aliados não descartam essa possibilidade, que poderia impactar diretamente as pretensões de Valmir de Francisquinho (PL) de disputar o governo estadual.
Vice
A corrida pela vice-governadoria de Mitidieri também tem sido intensa nos bastidores. Entre as novidades, surge o nome do deputado Fábio Reis (PSD), que, segundo informações, poderia mudar de partido para compor a chapa.
Ao Senado
Fortalecido com a vitória de seu irmão Sérgio Reis (PSD) em Lagarto, Fábio também desponta como uma possível escolha do governador para disputar uma vaga no Senado, o que abriria espaço para uma nova articulação dentro do grupo governista para a Câmara Federal, onde, segundo analistas independentes, teria uma fácil reeleição.
Ao Senado II
A vaga tem sido bastante cobiçada dentro do grupo, assim como a de vice, o que mostra que Mitidieri enfrentará a difícil missão de manter a unidade entre seus aliados. Uma das frentes mais ativas nesse cenário é liderada por André Moura (UB), que, além de almejar ser o senador do bloco, busca indicar Yandra Moura (UB) como vice do governador, numa tentativa de ter uma saída triunfal após a dura derrota sofrida nas eleições deste ano, marcadas por uma das campanhas mais caras da história de Sergipe.
Plano B
Uma segunda e desesperada alternativa, como já abordado pela revista, é a de firmar de vez uma aliança com Valmir de Francisquinho (PL), já que, segundo informações, aliados do governador, embasados em estudos qualitativos, apontam que uma indicação feita por André poderia ser prejudicial à chapa de Mitidieri. Dessa forma, o ex-deputado precisaria de um outro candidato a governador forte para ter chances de vitória ao Senado. E o prefeito eleito de Itabaiana, enfrentando desgastes com o PL e setores independentes da direita, estaria em conversas avançadas com ele, que busca uma nova sigla, possivelmente o Republicanos, para abrigá-lo.