A poucos dias da posse dos prefeitos, vices e vereadores eleitos em 2024, as movimentações políticas em Sergipe começam a desacelerar após a diplomação, dando lugar às festividades de fim de ano. Porém, 2025 promete ser um ano de fortes articulações, numa preparação intensa com olhares voltados para as eleições de 2026. No entanto, desde agora, já há uma grande expectativa sobre alianças e os primeiros passos das novas gestões logo após o recesso.
Recessos
O clima esfria com o recesso dos parlamentares e também com o recesso forense, que iniciou no último dia 20 e se estenderá até 6 de janeiro do próximo ano, conforme estipulado pela lei nº 5.010 de 1966.
Expectativa na capital
Em Aracaju, uma das grandes expectativas está em torno da prefeita diplomada, Emília Corrêa (PL), que iniciará sua gestão com o maior orçamento da história da capital, estimado em R$ 4,648 bilhões. E a expectativa fica ainda maior quando compara os números com a gestão de Edvaldo Nogueira (PDT), que deixará a administração com as contas em dia e um caixa robusto. O pedetista, apesar de um orçamento menor e margem de remanejamento reduzida, conseguiu realizar obras significativas e manter a estabilidade fiscal em seu último mandato, o que, de certa forma, irá favorecer a nova gestão.
Pior herança
O cenário é bem diferente para Sérgio Reis (PSD) em Lagarto. O novo prefeito terá que lidar com o caos e os rombos financeiros deixados pelo grupo de Hilda e Gustinho Ribeiro (Republicanos), com o município enfrentando uma dívida que pode ultrapassar os R$ 180 milhões, e que já vem afetando os serviços públicos.
Indefinição em Capela
Em Capela, a política segue agitada devido à incerteza sobre quem tomará posse como prefeito em janeiro de 2025. Júnior de Dr. Carlos Milton (MDB) teve sua candidatura impugnada pelo TSE, e sua diplomação foi anulada. No entanto, a defesa argumenta que a decisão não altera em nada o deferimento do registro e assegura a posse do emedebista.
Indefinição em Capela II
Enquanto isso, o grupo de Sukita, empolgado com a situação, acredita que a filha do ex-prefeito, Isadora (PT), será diplomada como a nova prefeita da cidade. Juristas, no entanto, apontam que, caso a impugnação de Júnior seja mantida, uma nova eleição será convocada.
Campanha precoce
Tentando dar a volta por cima após a dura e amarga derrota de sua filha, Yandra (UB), no maior colégio eleitoral do estado, em uma campanha considerada a mais cara da história de Sergipe, André Moura (UB) tem entrado de forma desesperada em um clima precoce de campanha eleitoral, visando pavimentar sua pré-candidatura ao Senado em 2026.
Campanha precoce II
Em meio a essas movimentações, ele não tem poupado ataques aos que devem ser seus principais adversários nas eleições de 2026, com destaque para Edvaldo Nogueira (PDT). André tem tentado deslegitimar a todo custo o prefeito, que deixará a administração da capital após quatro mandatos marcados por realizações.
Reforma administrativa
O governador Fábio Mitidieri (PSD) deve anunciar sua primeira reforma administrativa em janeiro de 2025. A Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) aprovou nesta última semana os projetos de lei que reestruturam a organização do governo.
Edvaldo na Sedurbi
Fábio também confirmou que fez um convite a Edvaldo Nogueira (PDT) para assumir a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Infraestrutura (Sedurbi), atualmente chefiada por Luiz Roberto (PDT). Quando questionado sobre o convite recentemente, o prefeito reiterou que a Sedurbi é o espaço reservado ao PDT dentro da gestão estadual.
Senado
Cresce nos bastidores a expectativa sobre uma possível tentativa de Rodrigo Valadares (UB) pleitear uma vaga no Senado. O deputado federal conseguiu se posicionar como um dos principais nomes da direita no estado e poderá obter apoio dos bolsonaristas.
Ainda sobre Rodrigo
Enquanto a corrida pelo Senado é uma realidade, uma informação começa a circular nos bastidores: Moana Valadares (PL) poderá disputar vaga na Câmara Federal em 2026. Segundo lideranças ligadas a Rodrigo em Brasília, já existiram conversas sobre essa possibilidade.
Valmir tenta recuperar força de 2022
Acumulando tantos fatos negativos, desde a não indicação de Emília para o Governo até o apoio a Rogério que frustou a direita, ainda em 2022; as recentes condenações, acordos assumindo culpa nas acusações e a possível perda de mandato de Ícaro, Valmir de Francisquinho (PL) tenta reviver no sergipano o sentimento de que é um nome independente e diferente do que o eleitor construiu sobre toda a classe política. Um desafio tremendo com tantos fatos se empilhando.