O ano de 2024 está chegando ao fim e, com ele, a gestão do prefeito Edvaldo Nogueira (PDT) em Aracaju. O pedetista deixará a prefeitura com as contas em dia, apesar do orçamento limitado que teve ao longo de seu atual mandato. E essa situação, de certa forma, irá beneficiar o início da administração de sua sucessora, Emília Corrêa (PL), a quem passará o bastão em janeiro de 2025.
O colunista Adiberto Souza fez uma análise sucinta sobre isso, destacando que, apesar de não ter cumprido todas as promessas, Edvaldo se despedirá da prefeitura satisfeito por ter “colocado a casa em ordem”.
De acordo com Souza, o prefeito sairá com a folha salarial em dia, sem dívidas com fornecedores e com um histórico de importantes obras estruturantes. Ou seja, o índice de acertos é muito maior do que os problemas que persistem na capital.
Durante os seus quatro mandatos à frente da prefeitura, Edvaldo deixa um legado de 200 obras executadas ao longo dos últimos anos, abrangendo todas as regiões da capital. Entre os principais, estão os 30 bairros e loteamentos que receberam infraestrutura completa, bem como a construção dos residenciais Mangabeiras Irmã Dulce dos Pobres, no bairro 17 de Março, e Conselheiro Carlos Pinna de Assis, no Lamarão, que somaram mais de 1.800 novas moradias.
Além dessas, a gestão de Edvaldo também se destacou pela construção da primeira maternidade pública municipal da capital, a Maternidade Municipal Lourdes Nogueira, e por investimentos em equipamentos essenciais, como o Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência (Cram), o Caju Hub, e diversos Centros de Referência da Assistência Social (Cras e Creas).
Em recente coletiva de imprensa, o prefeito ainda informou que deixará R$ 600 milhões em recursos garantidos para novas obras, como a Via Litorânea e a revitalização do Parque da Sementeira, além da ampliação de escolas e urbanização de várias comunidades da cidade.
E, nos últimos dias de sua gestão, ele deve assinar ordens de serviço, inaugurar obras e visitar outras antes de entregar a Prefeitura para Emília, que iniciará sua administração com o maior orçamento da história de Aracaju, estimado em R$ 4,648 bilhões, o que aumenta as expectativas, especialmente considerando que o pedetista trabalhou com valores bem mais baixos.
Para se ter uma ideia, em dezembro de 2023, a Câmara Municipal aprovou uma emenda que reduziu de 40% para 5% o percentual de remanejamento do orçamento para 2024. Na ocasião, 13 votos foram favoráveis e 10 contrários. Após negociações entre o Executivo e o Legislativo, o percentual foi reajustado para 18%. Para 2025, os vereadores aprovaram um remanejamento de 30%.