Engana-se quem pensa que as lideranças políticas não estão de olho em 2026. Muito pelo contrário, com a chegada de 2025 e a proximidade do ano eleitoral, as movimentações e articulações voltam a se intensificar, já com foco nas eleições que escolherão os nomes para a Presidência, Governo do Estado, Câmara dos Deputados, Senado e Assembleias Legislativas.
Escolha do vice
Uma das movimentações mais intensas nos bastidores é pela vaga de vice na chapa majoritária do grupo governista, em que Fábio Mitidieri (PSD) buscará a reeleição para mais um mandato como governador. Segundo FM, ele não discutirá isso agora e focará na governança. No entanto, é fato que as as lideranças estão com articulações intensas. André Moura (UB), por exemplo, deseja o espaço de vice na chapa, apesar de manter diálogos com a oposição em um plano B, buscando dar a volta por cima em 2026 após a amarga derrota de Yandra em 2024.
Possíveis candidatos
Ex-prefeitos que, após dois mandatos consecutivos, deixaram os cargos agora também voltam suas atenções para 2026, quando poderão retornar ao cenário político como candidatos. Alguns dos nomes já especulados são: Padre Inaldo (PP) para a Câmara dos Deputados, Marcos Santana para o Governo e Adailton Sousa (PL), que decidiu não buscar a reeleição e pode pleitear um cargo de deputado ou até senador, como já declarou. Outro nome que surgiu nos bastidores foi o de Danilo de Joaldo, que poderá disputar vaga na Alese.
Início das gestões
Todos os prefeitos, vices e vereadores eleitos ou reeleitos tomaram posse na última quarta-feira, 1º, e logo em seguida iniciaram suas respectivas gestões, muitos deles encontrando situações caóticas deixadas por seus antecessores.
Situação grave em Lagarto
Lagarto é uma das cidades que vive uma realidade drástica, e o novo prefeito, Sérgio Reis (PSD), tem usado suas redes sociais para mostrar a situação caótica que encontrou no município. Já no primeiro dia de sua gestão, ele denunciou que a administração anterior deixou um calote de cerca de R$ 7 milhões em salários atrasados aos servidores, além de prédios e serviços negligenciados e sucateados. Além dos salários, há informações que o rombo total que a gestão de Hilda Ribeiro deixou seja de cerca de R$ 180 milhões.
Situação grave em Lagarto II
Em resposta, como parte das ações para resolver o problema, o prefeito anunciou a exoneração de todos os cargos comissionados, decretou estado de emergência nas áreas fiscal e orçamentária, e criou um comitê de crise.
Porto da Folha
Em Porto da Folha, a situação é semelhante. O prefeito Everton da Saúde (UB) denunciou o estado de calamidade que o município se encontra, mostrando dezenas de carros amontoados e deteriorados, tratores sem baterias, caminhões e caçambas com motores ausentes, e outros veículos abandonados.
Dores
Em Dores, Ianna de Dr. Thiago (PSD) denunciou que Luiz Mário (Cidadania) deixou o caixa da prefeitura zerado e também destacou as dificuldades enfrentadas pela sua equipe de transição, que teve problemas com o acesso ao sistema administrativo. De acordo com Ianna, todos os computadores foram formatados e estão sem internet. Na saúde, a situação é ainda mais grave, com as UBS fechadas e, dos 43 carros locados ao município, apenas 4 estão aptos para rodar.
Emília e a oposição
A prefeita de Aracaju, Emília Corrêa (PL), também já enfrenta desafios no início de sua gestão, não por conta de uma má herança deixada por seu antecessor, mas pela forte oposição, que já deixou claro que fará um trabalho árduo. A deputada Linda Brasil (PSOL), por exemplo, criticou a prefeita pelo seu discurso de posse, chamando-o de “personalista de autoafirmação, um palanque de autopromoção e o uso da religião como muleta para justificar uma gestão que, se seguir esse caminho, não respeitará o Estado Laico”.
Emília e a oposição II
Corrêa também vem sendo criticada pela falta de equidade de gênero em seu governo, apesar de ser a primeira mulher prefeita da capital. Dos 16 secretários empossados para compor sua gestão, apenas 5 são mulheres, incluindo Edna Amorim, irmã dos Amorim.
Ainda sobre Emília
No entanto, a expectativa em torno de sua gestão é imensa, já que a Prefeitura foi entregue com R$ 600 milhões em caixa.