Hoje completam 10 dias desde que os novos prefeitos tomaram posse, e muitos deles continuam denunciando o estado de caos encontrado em seus respectivos municípios, deixado por seus antecessores.
Um dos casos mais alarmantes e que ganhou grande repercussão no estado é o de Lagarto, onde o prefeito Sérgio Reis (PSD) decretou situação de emergência financeira e administrativa por 180 dias.
Como já abordado pela Realce, a cidade foi deixada em meio a uma grave crise administrativa e financeira, com contas zeradas, um rombo estimado em R$ 180 milhões e salários dos servidores em atraso. Para enfrentar o desafio, Sérgio instalou um Gabinete de Crise para coordenar ações emergenciais e serviços essenciais, e firmou parceria com o Banese para quitar os pagamentos atrasados.
Situação semelhante ocorre em Aquidabã, onde a prefeita Ana Helena (UB) decretou estado de emergência financeira e administrativa por 90 dias. Sua gestão identificou irregularidades graves, como ausência de documentos, frota sucateada, computadores danificados, falta de materiais básicos e acúmulo de lixo nas ruas. Prédios públicos deteriorados e contratos não apresentados também compõem o cenário deixado pelo ex-prefeito interino Diogo Souza.
Em Porto da Folha, o prefeito Everton da Saúde (UB) expôs publicamente a precariedade herdada: dezenas de veículos, tratores e caminhões abandonados ou sucateados foram colocados em praça pública nesta semana para mostrar à população.
Em Nossa Senhora das Dores, a prefeita Ianna de Dr. Thiago (PSD) denunciou UBS fechadas, veículos inoperantes, salários atrasados e o caixa da prefeitura zerado, legado do ex-prefeito Luiz Mário (Cidadania).
Outros gestores, como Samuel Carvalho em Nossa Senhora do Socorro, também têm feito denúncias, mostrando que os desafios encontrados ainda levarão tempo para serem superados enquanto tentam reorganizar suas cidades.